Relançamento do filme “Ôrí”

Rodado durante 11 anos (de 77 a 88) no Brasil e na África, documentário é fruto de encontro da pesquisa cinematográfica de Raquel Gerber com pesquisa histórica de Beatriz Nascimento.

Por Redação
12/05/2009 10:24

Nessa terça-feira, 12 de maio, o Cine Bombril e o Projeto Folha Documenta promovem sessão com entrada Catraca Livre, seguida de debate com a diretora Raquel Gerber e com Prof. Dr. Kabengele Munanga, do Centro de Estudos Africanos da USP, do documentário “Ôrí”.  Os ingressos poderão ser retirados na bilheteria do cinema a partir das 19h.

divulgaçãoRelançamento de Ôrí  propõe uma nova reflexão sobre a nacionalidade no Brasil
Relançamento de Ôrí propõe uma nova reflexão sobre a nacionalidade no Brasil

Iniciado em São Paulo, Ôrí documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como ideia central de um contínuo histórico, e apresentando como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995. O filme também mostra a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz, do “quilombo” como correção da nacionalidade brasileira.

Concebido em época de grande impacto sócio político e cultural no Brasil, Ôrí busca a consciência do homem em relação à História e à reconstrução da identidade, pela unificação da consciência: todas as filosofias, um só pensamento. A palavra Ôrí, significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).

O documentário recupera junto aos movimentos negros a imagem do “herói civilizador” Zumbi de Palmares em busca de uma identificação positiva para o homem negro moderno e livre.

Sinopse

Ôrí, de Raquel Gerber
Brasil, 1989, 35mm, cor, 91’ – Cópia restaurada digitalmente em 2008.
O documentário recupera junto aos movimentos negros a imagem do “herói civilizador” Zumbi de Palmares, em busca de uma identificação positiva para o homem negro moderno e livre.