Serigrafias de Jey e fotografias de Formiga entram em cartaz no Espaço +Soma

Em dezembro, o multiartístico Espaço +Soma recebe duas novas exposições: Contêiner, de Flávio Ferraz, o Jey, no piso térreo, e É no Ínfimo que Vejo a Exuberância, de Formiga, no mezanino. Ambas têm abertura no dia 3, quarta, às 19h30, e ficam em cartaz até 23 de janeiro de 2010, com entrada Catraca Livre.

Na história do grafite em São Paulo há um capítulo que vem sendo escrito por Jey. A vida urbana, vista pelas lentes da cultura punk e skate e também de religiosidades antigas, é seu principal tema e aparece nas obras que poderão ser vistas no Espaço +Soma.

São telas e painéis, que utilizam técnicas de serigrafia e retratam grandes rostos (ou máscaras) coloridos, com traços geométricos e simétricos, como os que o artista espalhou pela cidade. Junta-se a elas uma escultura em metal, com 1,8 metro de altura. Além disso, a mostra marca o lançamento do livro Contêiner, com os trabalhos expostos.

Jey iniciou sua carreira em meados dos anos 1990, tanto nas ruas como comercialmente. Em 1997, as duas áreas se encontraram quando ele abriu o Studio Art Signs, para prestar serviços de sinalização e cenografia. O estúdio se transformou na Galeria Grafiteria em 2004, com o objetivo de ser um espaço para obras de street art.

Formiga

Os trabalhos do fotógrafo Formiga ocupam o mezanino do Espaço +Soma. Mais que retratos fidedignos, suas imagens buscam revelar as “palavras que nos faltaram”, como diz o poeta Manoel de Barros, uma das referências do artista. O título É no ínfimo que vejo a exuberância ajuda a explicar as obras: são macrofotografias de fendas, superfícies de metal corroídas, paredes degradadas.

Vistos tão de pertos, os detalhes podem se tornar abstratos e próximos de pinturas – Miró, Munch e HQs são outras influências. As molduras também foram feitas por Formiga, a partir de materiais reciclados de fogões, geladeiras, tambores de combustíveis e outros.