Sesc Ipiranga exibe produções cinematográficas brasileiras

O Sesc Ipiranga exibirá nas terças-feiras do mês de junho a mostra “Por dentro do Brasil”, com a entrada Catraca Livre. A programação pretende apresentar como a produção cinematográfica brasileira retratou diferentes contextos, regiões e personagens do país.

Serão exibidos os filmes “Mutum”, “A Marvada Carne”, “Vida de Menina” e “Aboio”.

Programação

Dia 7

Mutum
Brasil, 2007. 90 min.

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Inspirado em obra de João Guimarães Rosa

Mutum é um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde se passa a história do menino Thiago e sua família. O filme mostra, sob o olhar infantil de Thiago, o mundo nebuloso dos adultos, com suas traições, violências e silêncios.

O filme é baseado na obra Campo Geral, de João Guimarães Rosa.

Dia 14
A Marvada Carne
Brasil, 1985. 77 min.

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Filha de Nho Totó em conflito com Santo Antônio para arranjar um marido

Nhô Quim vive lá nos cafundós em companhia do cachorro e da cabra de estimação. Aquela vidinha besta no meio do mato não dá pé e ele resolve cair no mundo e procurar a solução para duas questões que o incomodam: arranjar uma boa moça para o casório e comer a tal carne de boi, um desejo que fica ruminando sem parar dentro dele.

Nas suas andanças, Nhô Quim vai dar na casa de Nhô Totó, cuja filha está em conflito com Santo Antônio, que não anda colaborando para ela arranjar um bom marido. E logo Nhô Quim descobre que o pai da moça tem um boi reservado para a ocasião do casamento da filha.

[tab: Dia 21]

Vida de Menina
Brasil, 2003. 102 min.

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Menina escreve no seu diário sobre o Brasil, depois da Proclamação da República

Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. É nesse diário que Helena debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias.

Adolescente de ascendência inglesa, Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era de mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade.

Procurando com sofreguidão não perder uma infantil alegria de viver, e reinventando o mundo à sua maneira, Helena Morley é o diamante mais raro de Diamantina.

Dia 28

Aboio
Brasil, 2005. 73 min.

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Canto aboio ajuda homem sertanejo a ser compreendido pelo gado

Quando o homem formou o primeiro rebanho, ele começou a procurar uma maneira de ser compreendido pelo gado e uma das formas encontradas foi o canto. No Brasil, esse canto é chamado de aboio e já foi amplamente utilizado por vaqueiros para apaziguar os rebanhos, levá-los para as pastagens, guiá-los em longas viagens ou mesmo orientar companheiros.

O documentário exibe vaqueiros que ainda conservam a memória do aboio, com uma abordagem poética da vida, do tempo e do imaginário dos homens do sertão.

Além disso, o filme faz uma ligação entre a cultura popular e erudita no Brasil, por meio de entrevistas com artistas que usam referências do universo dos vaqueiros, como Naná Vasconcelos, Elomar e Lirinha (Cordel do Fogo Encantado).

Por Redação