Sessão Cinéfila no Espaço Unibanco

Por Redação
28/09/2010 15:27 / Atualizado em 05/05/2020 16:13

No dia 02 de outubro, às 12h, começa no Espaço Unibanco de Cinema a edição de outubro da Sessão Cinéfila. O promeiro filme a ser exibido é “Inútil”, de Jia Zhang-ke, que conta três histórias sobre vestuário baseados em pessoas que fazem as roupas e pessoas que as vestem.

A Sessão Cinéfila acontece sempre aos sábados, às 12h, na sala 3 do Espaço Unibanco de Cinema, trazendo para os amantes da sétima arte filmes pouco encontrados no circuito comercial ou produções que foram importantes para a história do cinema.

Confira a programação:

2 de outubro”INÚTIL”

China/Hong Kong, 2007, 81 min, 10 anos.

Direção: Jia Zhang-ke

Roteiro: Jia Zhang-ke

Fotografia: Yu Lik-wai, Jia Zhang-ke

Montagem: Jia Zhang

Música music: Lim Giong

Um dia quente e úmido em Cantão (Guangzhou). Imersas no barulho tonitruante das máquinas de costura, mulheres trabalham em silêncio numa confecção, sob lâmpadas fluorescentes. As peças ali produzidas serão vendidas para clientes desconhecidos. Do mesmo modo, o futuro de cada trabalhadora na linha de produção é obscuro. Um dia de inverno em Paris. A estilista chinesa Ma Ke prepara num evento espetacular o lançamento de sua nova marca Wu Yong (Inútil). Criadora anti-fashion, ela abomina a linha de montagem. O diferencial em sua linha de roupas é o procedimento de enterrá-las para permitir que a natureza e o tempo dêem o toque final em seu trabalho. Um dia poeirento na região das minas de Fenyang. A pequena loja de um alfaiate atende sua habitual clientela de mineiros, que precisam de reparos em suas roupas e aproveitam para ter animadas conversas. O filme ganhou o Prêmio Horizontes de melhor documentário no festival de Veneza 2007.

9 de outubro

“VOCÊS, OS VIVOS”

Suécia/ Alemanha / França / Dinamarca / Noruega, 2007, 89 min, 16 anos.

Diretor / Roteiro: Roy Andersson

Fotografia: Gustav Danielsson

Música: Robert Hefter

Elenco: Jessica Lundberg, Elisabet Helander, Björn Englund, Leif Larsson, Olie Olson, Kemal Sener, Gunnar Ivarsson, Håkan Angser Birgitta Persson

Composto por 57 vinhetas filmadas com a câmera estática, Vocês, os Vivos é um filme sobre o ser humano, sobre suas conquistas e misérias, sua alegria e seu sofrimento, sua autoconfiança e ansiedade. Personagens que trazem em comum um aspecto solitário, mesmo quando estão cercados por outras pessoas. Um ser humano de quem se quer rir e também chorar por ele, ou ela. É simplesmente uma trágica comédia ou uma cômica tragédia sobre nós mesmos. A narrativa se passa em Estocolmo e serve universalmente para qualquer lugar ou época.

16 de outubro

“HORAS DE VERÃO”

2008, França, 1h38m30s, color, 14 anos, 35 mm

Diretor: Olivier Assayas

Roteiro: Olivier Assayas, Clémentine Schaeffer

Fotografiia: Eric Gautier

Montagem/Música: Luc Barnier

Elenco: Juliette Binoche, Charles Berling, Jérémie Renier, Edith Scob

As distintas trajetórias de dois irmãos e uma irmã de quarenta e poucos anos se chocam quando sua mãe — que preservava a obra de seu tio, o excepcional pintor do século XIX Paul Berthier —, morre repentinamente. Os filhos são levados ao confronto de suas diferenças. Adrienne, uma bem sucedida designer em Nova York; Frédéric, economista e professor universitário em Paris; e Jérémie, um dinâmico empresário que vive na China, são apresentados às texturas e lembranças do final da infância, às memórias partilhadas, criando uma visão única do futuro.

23 de outubro

“VITUS”

Suíça, 2006, 117 min, livre.

Diretor: Fredi M. Murer

Roteiro: Peter Luisi, Fredi M. Murer, Lukas B. Suter

Fotografia: Pio Corradi

Música: Mario Beretta

Elenco: Bruno Ganz, Fabrizio Borsani, Teo Gheorghiu, Julika Jenkins, Urs Jucker

Vitus é um garoto superdotado, que parece vindo de outro planeta. Ele tem o ouvido apurado de um morcego, toca piano como um virtuoso e estuda enciclopédias desde os cinco anos de idade. Seus pais antecipam um futuro brilhante para ele. Esperam que ele se torne um exímio pianista. Mas o pequeno gênio prefere brincar com seu excêntrico avô na oficina dele, construindo planadores. Ao fazer um vôo numa das engenhocas, um dramático salto dará a Vitus o controle de sua própria vida.

30 de outubro

“SEMPRE BELA”

Portugal/França, 2006, 70 min.

Diretor: Manoel de Oliveira

Roteiro: Manoel de Oliveira, Júlia Buisel

Fotografia: Sabine Lancelin

Elenco: Michel Piccoli, Bulle Ogier, Ricardo Trepa, Leonor Baldaque, Júlia Buisel

Manoel de Oliveira faz um tributo a Luís Buñuel, diretor e roteirista, e a Jean-Claude Carrière, roteirista, do filme A Bela da Tarde (Belle de Jour), de 1967. Ele destaca duas das mais estranhas personagens do filme original e as revive, 38 anos depois. O personagem masculino detém um segredo de crucial importância para o estado de espírito da personagem feminina. Eles se reencontram. Ela tenta evitá-lo. Ele a segue e atrai sua atenção para revelar o tal segredo. Ela quer saber o que ele havia contado para o seu marido, quando este estava mudo e paralítico. É uma situação tensa. Ele satisfaz seu sadismo nessa vingança particular contra a mulher. Inspirado em livro de Joseph Kessel.