Tinho inaugura exposição “U.T.I” no Cartel 011

De 16 a 23 de junho, Tinho (Walter Tada Nomura), um dos pioneiros da arte urbana brasileira e integrante da Famiglia Baglione, inaugura a exposição “U.T.I. (Uma Tentativa Interrompida ou Urtigas Também Incomodam)” no Cartel011.

“U.T.I.” reúne cerca de 16 obras inéditas em spray, tinta a óleo e colagens. Elas procuram questionar a censura ainda existente em nossa sociedade. O resultado pictórico de seus trabalhos transmite uma sensação de caos, opressão e o excesso de informações e acontecimentos são traduzidos em forma de cores e imagens.

As características dos trabalhos de Tinho são a crítica social e a política de sua vivência e ação nas ruas em seus trabalhos. Suas obras chegam em alguns momentos a um estado de delírio e geram a sensação de um universo surreal. O resultado dessa profusão de sentimentos aparece, por exemplo, na obra “Sem Saída” que mostra um carro batido, que por um acidente, foi impedido de sair da cidade – cenário realizado por colagens.

A trilha sonora da inauguração ficará por conta da performance ao vivo da dupla “Dois na Linha”, formado por Gui Valério e Lobot. Nos demais dias de exposição, o público ouvirá uma trilha gravada. “O som será experimental, haverá batidas de carro, freadas e outros barulhos urbanos”, adianta Tinho.

TINHO aka “Walter Tada Nomura”

O artista Tinho, um dos pioneiros do cenário urbano brasileiro e skatista punk por natureza, desenvolve em seu trabalho artístico uma pintura singular onde o acúmulo de informações é somado à influência skate/punk mostrando um mundo contemporâneo cheio de violência, solidão e sofrimento. São elementos facilmente vistos em grandes cidades como São Paulo, Tóquio, Yokohama, Santiago, Buenos Aires e Berlim; lugares onde ele esteve em diferentes situações.

Tinho começou a andar de skate aos 9 anos em 1979 e riscou seus primeiros muros aos 13 anos, em 1986.  A partir daí, passou a ver o mundo com outros olhos, vivendo no underground ao lado de punks e skatistas, sempre teve uma visão política de tudo a sua volta, motivando-o a produzir arte nos mais variados suportes, predominando as paredes das cidades por onde passou.