Três mostras serão inauguradas no Museu Afro Brasil

No dia 14 de abril, o Museu Afro Brasil inaugura três mostras com curadoria do artista plástico e Diretor-Curador, Emanoel Araujo. Confira:

Elos da Lusofonia

14/04 a 29/05 – Exposição Elos da Lusofonia

Apresenta a arte dos países de língua portuguesa a partir da obra de artistas contemporâneos do Brasil, Portugal e Angola e a ligação com a arte ancestral africana, passando pela tradição dos bijagós, da Guiné-Bissau; dos quiocos de Angola; e dos macondes de Moçambique. Todos os países de língua portuguesa estão representados nesta mostra que apresenta cerca de 200 obras, entre fotografias, pinturas, esculturas e gravuras de artistas que compõe a Arte Tradicional dos países de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A Arte Contemporânea apresenta o trabalho de Agnaldo M. dos Santos (Brasil), António Olé (Angola), Fernando Lemos (Portugal/Brasil), Francisco Brennand (Brasil),José Tarcísio (Brasil), José de Guimarães (Portugal), Matias Ntundu (Moçambique), Maurino Araujo (Brasil), Mestre Didi (Brasil), Renato Spindel (Brasil) eRubem Valentim (Brasil).

Lutadores do Mundo

14/04 a 29/05 – Exposição Lutadores do Mundo – de Cesare Pergola

São 30 pinturas em óleo sobre tela retratando lutadores posicionados para ação, de diversas localidades e modalidades, onde o artista faz uma analogia ao esforço pela sobrevivência, tão semelhante nos cinco continentes. Entre os movimentos retratados estão a luta indígena Huka-Huka, Capoeira e Lutadores de Angola. O pintor e artista-visual italiano faz uma metáfora às lutas da humanidade, tanto antiga como contemporânea. Durante o período da mostra serão exibidos dois vídeos de autoria do artista sobre Sumô e Muay-Thai, bem como um objeto luminoso.

Tecidos e Adornos

14/04 a 29/05 – Exposição Tecidos e Adornos

Revela a importância dos tecidos em muitas culturas do continente africano, destacando a produção têxtil de dois importantes povos da África Central: os kuba e os imbuti, mais conhecidos como Pigmeus. O povo kuba (República Democrática do Congo), é famoso por sua produção de tecidos de ráfia, predominantemente feito por homens, enquanto as mulheres se ocupam dos bordados e apliques. Os painéis de ráfia são unidos para formar enormes saias, usadas por homens e mulheres. São tecidos conhecidos pela ausência de representação naturalista e marcados pelos sistemas gráficos e combinação de figuras geométricas, muitas vezes emprestados das cestarias, onde os animais tambéms são referências. Já os imbutis (pigmeus) da floresta Ituri do noroeste do Congo fazem tecidos a partir da casca da figueira tropical. são decorados com padrões geométricos ou figurativos, desenhados muitas vezes com uma vareta ou com os dedos. As mulheres preparam os tecidos para os dias de festividades e os padrões podem ser pintados também no corpo.

Os belos tecidos dão extensão ao culto da beleza. Nesta amplitude inserem-se os Adornos, mostrando como a mulher se enfeita, numa extraoridinária necessidade de reinventar sua própria beleza.

Por Redação