Últimos dias para ver a mostra “Coletânea Marinha” no Club Transatlântico

O Club Transatlântico apresenta até o dia 15 de julho a exposição “Coletânea Marinha”, que reúne 28 trabalhos de oito importantes artistas brasileiros, entre eles destaque para Aldemir Martins, em torno de uma inspiração comum: o mar. O conjunto das obras provém do acervo da Brazil Gallery. A entrada é Catraca Livre.

Os trabalhos refletem, em sua maioria, as experiências e as impressões dos artistas em relação ao oceano, elemento com o qual todos eles, em algum momento de suas carreiras, tiveram um estreitamento.

As paisagens retratadas ilustram a relação dos artistas com o mar, e sua leitura sobre o cotidiano do homem que vive, trabalha e sonha com a imensidão azul dos oceanos.

Artistas presentes na mostra “Coletânea Marinha”

Aldemir Martins

Aldemir Martins

Um dos ícones da pintura brasileira, em suas paisagens, o artista mostra habilidades com tons de azul e amarelo, na criação de atmosferas lúdicas e intensas. O mesmo ocorre com as marinhas, que atingem um estado de intensa luminosidade e de alegria, convidando o observador a participar com encantamento dessas imagens.

Vicenzo Cencin

Vicenzo Cencin

Inicia-se na pintura sob a orientação de Francescchini em 1941 na cidade de Tolmezzo. Nascido na Itália e engenheiro de formação, emigrou para o Brasil em 1949, depois de ter enfrentado os fascistas e ser preso pelos alemães em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Já no Brasil, torna-se sócio efetivo da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. A partir de 1980 passa a dedicar-se somente à pintura, montando em 1981 a Galeria Velha Europa. Em 1992 realiza-se exposição comemorativa dos 50 anos de sua pintura na Galeria Grossman em São Paulo.

Sylvio Pinto

Sylvio Pinto

Após os primeiros estudos sobre pintura com o pai, o artista ingressa no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Em 1951, participou da I Bienal de São Paulo, ano em que também foi premiado em inúmeros salões e coletivas importantes.

Para o poeta Walmir Ayala, Sylvio Pinto viveu todas as trepidações contemporâneas, mas não quis fazer da pintura uma bandeira de protesto ou de crítica. Preocupou-se sempre em pintar, e sua pintura tem aquele toque pulsante do coração que se confunde com a mão e o pincel, na resolução de um rastro pictórico. Os quadros de Sylvio Pinto, no máximo, refletiram estados emotivos. Foram sombrios nos tempos sombrios, depois mais luminosos. Consentiram em certas influências que o tempo se encarregará de filtrar. E finalmente chegarão a montar o mostruário mínimo e essencial, que faz a glória de qualquer pintor.

Clauber Campos Cecconi

Clauber Campos Cecconi

Nos primeiros anos da década de 1960, Cecconi recebeu vários prêmios por seus desenhos e pinturas apresentados nos salões de arte de que participava. A partir de 1988 passou a dedicar-se totalmente à pintura. Em 1992, esteve na Europa pela Universidade Estácio de Sá, lá descobriu e iniciou uma nova fase em sua pintura. Seus temas prediletos são feiras de flores parisienses, os recantos floridos de Levens e Nice no Sul da França, gondoleiros nos canais de Veneza, as ruínas de Roma e os interiores das Catedrais Européias. Recebeu no dia 08 de outubro de2004, o título de Imortal da Academia Brasileira de Belas Artes, cadeira de grau nº15, que tem o pintor Pedro Américo como Patrono.

Ivo Blasi

Ivo Blasi

Nascido na capital paulista, ainda menino muda-se para Roma, onde inicia seu aprendizado com o professor Bártoli. Retornando ao Brasil, ainda jovem, dedica-se inteiramente à pintura, explorando significados profundos, desejando alcançar a síntese almejada entre o equilíbrio da composição e a harmonia das cores. Em suas obras, a intensidade dos tons parece mais acentuada, de maneira a criar contraste entre profundidade e os efeitos luminosos ao mesmo tempo em que é mantida a transparência. Apaixonado pelas marinhas, que ocupam lugar de destaque em sua produção, Blasi retrata-se com traços firmes e precisos. Além da Medalha de Ouro Ana Néri da Sociedade Brasileira de Educação e Integração, houve outras premiações como Diploma e Medalha de Ouro João Ramalho, Diploma e Medalha de Ouro-Mérito Artístico Carlos Gomes, etc. Pertenceu ainda à Associação Internacional de Artes Plásticas (UNESCO).