SP: “Um dia terá que ter terminado” mostra acervo do MAC durante a ditadura

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Cristiano Mascaro Sem título 1969 - Série O enterro de Barrientos

“Um dia terá que ter terminado 1969/74”, é a segunda de uma série de três exposições especiais, concebidas pelas curadoras da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica. A série, que reflete sobre a constituição do acervo do MAC USP durante a ditadura militar, aponta para o Museu como um dos poucos espaços de resistência ao cerceamento da livre expressão no país, característico daqueles anos.

“Um dia terá que ter terminado 1969/74”, em especial, flagra, no momento mais negro do período ditatorial, como o MAC USP conseguiu se constituir em um dos maiores pólos de recepção/produção de arte contemporânea do Hemisfério Sul, transformando o próprio conceito tradicional de museu. O MAC USP, sobretudo a partir daqueles anos, deixou de ser apenas o templo onde a arte devia ser cultuada para transformar-se também em um espaço em que ela era produzida, discutida e ressignificada.

Caminhando pela mostra, o visitante encontrará os primeiros exemplares de propostas artísticas que problematizavam a visão estetizante da arte — mesmo aquela moderna —, apresentando alternativas desestabilizadoras que propositadamente borravam os limites entre museu e praça pública, entre arte e vida.