Espetáculo de dança sobre Virginia Woolf e a condição humana

Dentro de uma grande caixa aberta, o público assiste a movimentos sutis que remetem a reflexão sobre a condição do mundo e das coisas.

Para a bailarina, interprete e diretora da Cia Viga Sônia Lopes Soares o espetáculo “ Violetas Murchas, ou qualquer coisa que a senhora quiser” é um convite para entrar numa viagem sem a busca por uma mensagem propriamente dita. “São cinquenta minutos para despertar no público o sentimento de transitoriedade que vivemos. Hoje, somos fiéis as coisas certinhas de causa e conseqüência. Mas, viver não é isso”, define Sônia.

Fernando Pião
Cena do espetáculo "Violetas Murchas"
Créditos: fernando pião
Cena do espetáculo "Violetas Murchas"

O espetáculo que nasceu através das pesquisas que a bailarina realiza há dois anos sobre a escritora inglesa Virgínia Woolf, ganhou o Programa Municipal de Fomento à Dança, em 2009. No mesmo ano, Sônia apresentou solo do então, work in progress “Wilted Violets”, em Nova York, chamado “Crossing Boundaries”. “Virginia Woolf me inspira a continuar a pesquisar sobre as múltiplas formas do olhar”, comenta.

…Se eu tivesse nascido sem saber que uma palavra segue a outra, talvez quem sabe, pudesse ser qualquer coisa. Mas do modo como as coisas são, encontrando sequências por toda a parte, não suporto a pressão da solidão. “[Virginia Woolf]

“Violetas Murchas ou Qualquer Coisa Que a Senhora Quiser”, da Cia Viga, estreia dia 30 de julho no Viga Espaço Cênico, com concepção e direção de Sônia Lopes Soares.

Por Redação