Memória LGBT no Museu de Favela Pavão, Pavãozinho e Cantagalo

Projeto inédito no Brasil desenvolverá ações que promovam a memória de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais residentes na comunidade do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo no Rio de Janeiro.

 

O Projeto Memória LGBT no MUF está sendo desenvolvido através de uma parceria entre Museu de Favela Pavão, Pavãozinho e Cantagalo – MUF com a Revista Memória LGBT – RMLGBT em comemoração aos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, tal proposta foi contemplada no II Programa de Fomento à Cultura Carioca. A iniciativa contemplará rodas de memória, oficinas, formações, exposição, publicações da RMLGBT, apresentações artísticas e Mapeamento e Inventário do Patrimônio Cultural LGBT na Favela.

A Organização não governamental Museu de Favela Pavão, Pavãozinho e Cantagalo foi criada em novembro de 2008. A iniciativa nasceu de um encontro de ideias e anseios de moradores da região que viam na ação museológica de preservação uma saída para a valorização da localidade. O MUF possui como uma das principais iniciativas em memória e museologia social o circuito das casas-telas que narram a história de vida da comunidade. Tais casas estão por todo o percurso, com muitas cores, vida e alegria. Atualmente, uma das principais demandas desta comunidade são ações que visibilizem a memória LGBT dos moradores deste território, bem como, ações pautadas nas diretrizes dos direitos humanos.

 

A Revista Memória LGBT – RMLGBT é um periódico digital colaborativo que tem como premissa a salvaguarda e a comunicação da memória LGBT. Tal iniciativa atende a uma demanda e direito contemporâneo em superação a homo-lesbo-transfobia e a ausência do protagonismo LGBT em museus e espaços de memória. Desta forma, a RMLGBT em seu formato virtual, colaborativo e compartilhado pretende atender demandas que promovem a memória de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais

As atividades do Projeto Memória LGBT no MUF serão realizadas na sede do Museu de Favela em Ipanema – Cantagalo e abertas ao público a partir de abril. Trata-se de ações pró-memória, garantido o acesso, fruição e democratização da memória, cultura, educação e saúde, bem como, garantir a cidadania plena a lésbicas, gays, transexuais e travestis, além de, ser uma possível ferramente para superar a homo-lesbo-transfobia na favela e na cidade do Rio de Janeiro. Destaca-se as atividades que serão oferecidas; Abertura da Exposição Memória LGBT no MUF; Oficinas de Mapeamento; Formações temáticas; Publicações em formato de revista impressas e digitais apresentando o Patrimônio Cultural LGBT na Favela.