Refugiados atuam como voluntários após terremoto na Itália
O tremor de magnitude 6,2 atingiu cidades e vilarejos montanhosos no centro do país
O terremoto que atingiu o centro da Itália nesta quarta-feira, dia 24, provocou danos severos e deixou dezenas de mortos. Depois do ocorrido, vinte solicitantes de refúgio abrigados em uma estrutura em Monteprandone, região de Marcas, decidiram trabalhar como voluntários para resgatar as vítimas em Amandola, uma das cidades mais atingidas.
Paolo Bernabucci, dirigente do Grupo de Solidariedade Humana (GUS, na sigla em italiano), órgão criado para atender aos milhares de solicitantes de refúgio que entram no país todos os anos, disse às agências de notícias que foram os próprios imigrantes que pediram para ajudar nesse momento trágico.
A Itália representa um dos principais pontos da crise migratória que atinge a Europa, resgatando diariamente pessoas de embarcações lotadas no mar Mediterrâneo. Os refugiados que se voluntariaram para atuar em Amandola são do norte da África.
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O terremoto provocou ao menos 73 mortes, de acordo com o departamento de proteção civil. Ainda há muitas pessoas debaixo de escombros e o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas.
O tremor de magnitude 6,2 atingiu cidades e vilarejos montanhosos no centro do país, o que torna as operações de resgate ainda mais difíceis, disse a porta-voz do departamento, Immacolata Postiglione.
A profundidade do terremoto foi de 10 km, o que tem um alto potencial de causar grandes danos e vítimas, segundo o USGS. O serviço geológico já registrou algumas réplicas, uma delas de magnitude 5,5. Os tremores devem continuar por pelo menos mais alguns dias.