10 canções essenciais para entender o samba

Confira a lista de sambas obrigatórios para compreensão do gênero

O samba se subdivide nas mais variadas vertentes: samba batido, samba corrido, samba rural, samba raiado, samba de roda, samba de terreiro, samba de partido alto, samba-canção, samba de gafieira, samba de enredo, samba-rock e etc. Para entender esse gênero tão amplo, o Portal Geledés Instituto da Mulher Negra publicou uma lista de 10 sambas essenciais que o explicam.

Organizadas em ordem cronológica de gravação, as canções foram compostas e interpretadas por músicos que marcaram a história da MPB, como Nelson Sargento, Wilson Batista e Ismael Silva. Confira:

“Pelo Telefone” (1917), de Donga e Mauro de Almeida
Primeira composição a ser registrada como samba, provavelmente criada em uma roda de batuque, com diversos participantes improvisando versos e melodias.

“Jura” (1929), de Sinhô
Música marcada pela influência do maxixe.

“Se Você Jurar” (1931), de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves
Um dos clássico que revolucionaram a música brasileira ao formatar o samba como gênero urbano e carioca.

“Agora é Cinza” (1934), de Alcebíades (Bide) Barcelos e Armando Marçal
Foi o campeão do Carnaval de 1934.

“Adeus Batucada” (1935), de Sinval Silva
Interpretada por Carmen Miranda e Mário Reis, a cantora contribuiu com a valorização samba.

“A Dama do Cabaré” (1936), de Noel Rosa
Composto em 1934, o samba foi gravado dois anos depois por Orlando Silva fazendo parte da trilha sonora do filme “Cidade Mulher”.

“Se Acaso Você Chegasse” (1938), de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins
Lupicínio Rodrigues lançou-se nacionalmente com este samba, feito praticamente de improviso e interpretado por Cyro Monteiro. Além do cantor, o samba ajudou a projetar o nome de Elza Soares, que regravou a música em 1959.

“Acertei no Milhar” (1940), de Wilson Batista e Geraldo Pereira
O sonho de ficar milionário com o jogo do bicho inspira este samba de breque com letra escrita sob medida para as brincadeiras vocais de Moreira da Silva. Geraldo Pereira entrou na parceria só para “trabalhar” a música nas rádios.

“Antonico” (1950), de Ismael Silva
É um marco na linha evolutiva do samba, uma peça supostamente autobiográfica do compositor que havia começado a revolução no gênero no final dos anos 1920.

“Agoniza, Mas Não Morre” (1978), de Nelson Sargento
Marco da resistência cultural do gênero, inspirado em um drama familiar e gravado por Beth Carvalho.