A Mangueira de Nelson Cavaquinho

10/10/2014 00:00 / Atualizado em 18/02/2020 09:16

Cartola, Nelson Cavaquinho e Juvenal durante desfile da Estação Primeira de Mangueira
Cartola, Nelson Cavaquinho e Juvenal durante desfile da Estação Primeira de Mangueira

A escola de samba de coração de Nelson Cavaquinho é a Estação Primeira de Mangueira. O poeta começa a frequentar o morro da Mangueira em função do seu trabalho como soldado na cavalaria da Polícia Militar.

Ao patrulhar a região, por volta do início dos anos 1930, conhece alguns sambistas e passa a participar dos encontros na quadra da agremiação. Em 1952, Nelson muda-se de vez para a Mangueira, lugar pelo qual tinha um carinho especial.

Não à toa, o sambista dedicou composições ao morro e à escola, além de um LP inteiro (“Fala Mangueira“) feito com Clementina de Jesus, Odete Amaral, Cartola e Carlos Cachaça. Em 2011, ano do centenário de Nelson, a escola retribuiu fazendo uma homenagem a Nelson com o enredo “O Filho Fiel, Sempre Mangueira“.

Confira quatro sambas sobre a escola:

“Rio, Tu Não És Mais Criança” (Nelson e José Ribeiro)

Trecho: “Vou para Mangueira / com o meu violão / eu vou embora”

Sempre Mangueira (Nelson e Geraldo Queiroz)

Trecho: “Mangueira é celeiro / de bambas como eu / Portela também teve / o Paulo que morreu”

A Mangueira Me Chama (Nelson e José Ribeiro de Souza)

Trecho: “A mangueira me chama, eu vou / sempre fui o seu defensor / sou um filho fiel / a mangueira eu tenho amor / foi a mangueira quem me deu apoio e fama”

Pranto de Poeta (Nelson e Guilherme de Brito)

Trecho: “Em Mangueira, quando morre um poeta todos choram / vivo tranquilo em Mangueira porque / sei que alguém há de chorar quando eu morrer”