A origem da Portela e sua contribuição para o Carnaval
Para falar sobre a Portela, é preciso retomar alguns pontos-chave que levaram à sua fundação. Em 1922, nasce o bloco Baianinhas de Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio de Janeiro. Localizado na esquina da Estrada da Portela com a Rua Joaquim Teixeira, o bloco tinha como segundo diretor de harmonia o cantor e compositor Paulo Benjamim de Oliveira, o famoso Paulo da Portela.
Ao lado de Antônio Caetano e Antônio Rufino, ele promovia noitadas de caxambu, partido alto e samba de terreiro em sua casa. Os encontros faziam tanto sucesso que levou o trio a alugar uma casa maior na Estrada da Portela.
As festas ganham uma proporção tão grande que os três decidem formar o Conjunto Carnavalesco Escola de Samba de Oswaldo Cruz. Diferente dos blocos, que constantemente se confrontavam com a polícia e eram alvo de arruaceiros, seus dirigentes assumem uma postura elegante e vestem-se com roupas “elegantes” para evitar a perseguição.
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O conjunto acaba mudando de nome algumas vezes até tornar-se o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, em 11 de abril de 1923. Atualmente, é a mais antiga agremiação em atividade permanente, sendo a única que participou de todos os desfiles do Rio de Janeiro.
A Portela foi a campeã do primeiro concurso não oficial de escolas de samba em 1929, organizado por Zé Espinguela. A partir deste período, começa a moldar os desfiles na forma como acontecem atualmente, apesar de terem sido oficializados somente em 1935. Na ocasião, a Portela vence com o enredo “O Samba Dominando o Mundo”.
Escute a composição “Passado de Glória”, do portelense Monarco, que faz homenagem a Paulo da Portela e à escola: