Bezerra da Silva dá voz ao morro em documentário

19/11/2013 00:00 / Atualizado em 04/05/2020 13:58

O documentário “Coruja”, dirigido por Márcia Derraik e Simplício Neto, retrata a origem das composições cantadas por Bezerra da Silva. Grande parte delas foi escrita por pessoas que moram “onde a coruja dorme”, que são os morros do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense. Realizado em 2001, o filme questiona as críticas ao interprete como defensor de bandidos e favelados.

“Porque quando o camarada é rico e poderoso ninguém vai dizer que ele é malandro. Vai dizer: o cidadão aí é o supra-sumo, é um grande homem. E quando é pobre não pode ser inteligente, então vira malandro, mas no sentido de que vive a margem da lei. Agora, se você der uma volta em Brasília aí você vai encontrar os malandros todos lá.” (Bezerra da Silva, “Coruja”)

No documentário, Bezerra declara que não se considera um cantor dos bandidos e nem dos amores que nunca teve, mas da realidade dolorosa de pessoas que acordam as 3 horas da madrugada para trabalhar.