Ícone do samba, Almir Guineto morre aos 70 anos
O samba está de luto. Morreu na manhã desta sexta-feira, dia 5, um dos mestres do gênero, Almir Guineto. De acordo com nota oficial emitida via fanpage do Facebook, complicações de problemas renais crônicos e diabetes seriam as causas do falecimento. Um dos fundadores do Fundo de Quintal, Almir estava em tratamento no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Almir de Souza Serra, mais conhecido como Almir Guineto, nasceu no Morro do Salgueiro, zona norte do Rio de Janeiro, em 12 de junho de 1946. Filho de Iraci de Souza Serra, violonista e integrante do grupo Fina Flor do Samba, sua mãe era Nair de Souza, conhecida como “Dona Fia”, costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro. Seu irmão Francisco de Souza Serra, também conhecido como Chiquinho, foi um dos fundadores do grupo “Originais do Samba”.
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Nos anos 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. Embora o instrumento parecesse estranho à formação sonora do samba, Almir Guineto o adaptou à batucada e começou a ganhar destaque nas rodas.
Considerado um dos maiores representantes do samba tradicional, o compositor oficializou em 1980 a fundação de um dos principais grupos de samba do Rio de Janeiro, o Fundo de Quintal. “Caxambu” e “Lama nas Ruas” são algumas das composições do poeta.