Ícone do samba, Dona Ivone Lara morre aos 97 anos
O samba está de luto. Morreu na noite desta segunda-feira, dia 16, uma das maiores representantes do gênero, Dona Ivone Lara. Problemas de insuficiência cardiorrespitratória seriam as causas do falecimento.
Ivone foi uma das primeiras mulheres a compor para o grupo de elite das escolas de samba carioca. Cantava, compunha samba-enredo e de terreiro, tocava instrumento – o cavaquinho – e dançava um miudinho inigualável. Trouxe refinamento musical para o gênero e garantiu às mulheres que lhe seguiam respeito e mais igualdade em um universo predominantemente masculino. Filha de Oxum, ela é também do candomblé.
Trabalhou com terapia ocupacional por 37 anos – sempre ao lado da médica Nise da Silveira – usando a música como ferramenta para o tratamento de portadores de transtornos psíquicos. Depois dedicou-se à carreira artística, levando o seu samba por todo o país e por quatro continentes. Foi consagrada com prêmios e as suas composições são eternas na sua voz, na de outros artistas e no nosso imaginário.
- Casa de Cultura do Parque tem finais de semana recheados de música, literatura, oficinas e muito +
- Projeto de samba exalta o gênero em shows, bate-papos e culinária típica entre março e abril no SESC Santo André
- Diadema lembra resistência da cultura negra no Dia Nacional do Samba
- Fabiana Cozza se apresenta no Sesc Santo André com repertório que homenageia Dona Ivone Lara
Em 2015, a rainha maior do samba recebeu diversas homenagens como a Ocupação Dona Ivone Lara, que contou com a curadoria da equipe do Itaú Cultural, do músico Tiganá Santana e do jornalista Lucas Nobile, o projeto Sambabook e a publicação do livro “Dona Ivone Lara – A Primeira Dama do Samba”, de autoria de Nobile.