IMS relança livro “Samba de sambar do Estácio – 1928 a 1931” com DVD interativo

09/12/2014 00:00 / Atualizado em 09/05/2019 15:38

Publicação é acompanhada de DVD com mapa, músicas, depoimentos e fotos
Publicação é acompanhada de DVD com mapa, músicas, depoimentos e fotos

O Instituto Moreira Salles relança este mês o livro “Samba de sambar do Estácio – 1928 a 1931”, do pesquisador musical Humberto M. Franceschi – falecido em junho deste ano, aos 84 anos. Com nova capa, a publicação revela o surgimento do samba batucado no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.

Fruto de 20 anos de pesquisa, o autor aborda um período pouco estudado da história da música popular brasileira. Por meio de depoimentos dos remanescentes do Deixa Falar, considerada a primeira escola de samba de todas, Franceschi mergulha no momento em que o samba-maxixado começava a se transformar.

Ismael Silva, Brancura, Bide, Nilton Bastos, Getúlio Marinho, Heitor dos Prazeres, entre outros, foram alguns dos nomes responsáveis pela origem do samba que se conhece hoje. No livro, o leitor tem a chance de conhecer personagens e histórias que percorreram o largo do Estácio na época e que definiram, segundo o autor, a relação do samba com o candomblé, o futebol e a prostituição.

A edição vem acompanhada de um DVD, que reúne as 100 músicas, 54 imagens e os 21 depoimentos citados no livro. O DVD também possui um mapa do Rio de Janeiro datado de 1935. O roteiro proposto no mapa, enriquecido por fotografias, sugere um passeio do largo de São Domingos ao Estácio de Sá, cruzando o Campo de Santana, a praça Onze e a zona do Mangue.

O pesquisador musical e fotógrafo Franceschi conviveu com importantes nomes da música, como Ismael Silva, Cartola, Orestes Barbosa e Nelson Cavaquinho. Entre pesquisas sobre a história da indústria fonográfica brasileira e a busca por discos de 78 rpm para sua coleção, acabou por criar um dos maiores acervos sonoros do país.

Com gravações que abrangem toda a primeira metade do século XX, hoje totalmente disponível no site do Instituto Moreira Salles, o passatempo transformou-se em um registro raro.