Luperce Miranda, pernambucano virtuose do bandolim
Luperce Bezerra Pessoa de Miranda, instrumentista e compositor, nasceu no bairro dos Afogados, Recife/PE, em 1904. Seu pai era músico amador e incentivava a arte entre seus 11 filhos, criando uma orquestra familiar. Desde os oito anos, Luperce já tocava bandolim.
Com 15 anos compôs seu primeiro frevo e, a seguir, organizou seu primeiro grupo, o Jazz Leão do Norte. Em 1926 tomou parte do famoso Turunas da Mauriceia com o cantor Augusto Calheiros (Patativa do Norte), o violonista cego Manuel de Lima, o violonista e diretor João Frazão, e seus irmãos João, cavaquista, e Romualdo, violonista.
Luperce, posteriormente, organizou um novo conjunto, o Voz do Sertão, com Meira no violão, José Ferreira no cavaquinho, Robson Florence e ele próprio como bandolinistas, além do cantor de emboladas Minona Carneiro.
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Conheceu o violonista Tute e, logo em seguida, constituiu o Regional Luperce Miranda. Com desempenhos virtuosísticos, acompanhou os grandes cantores de sua época nas rádios e teatros e também fez excursões. Trabalhou pela Mayrink Veiga e pela Rádio Nacional.
Em 1970, foi o primeiro a receber o título de Bacharel da Música Popular Brasileira pelo MIS do Rio de Janeiro. Sua carreira marca mais de 700 gravações e 500 composições. Foi chamado pelo maestro Francisco Braga de ‘o rei do bandolim’. Faleceu em 1977, tendo o reconhecimento, entre outros, de Villa Lobos que certa vez exclamou: “Menino, você é um gênio!”.
“Segura o dedo” (1934), Luperce Miranda:
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