Sambeco do Mota traz mensagem dos antigos confrades: “diversão sem obrigação”

Grupo foi criado para resgatar o samba da década de 1980

Minas Gerais sempre produziu um tipo especial de música dentro de suas montanhas. O contorno de morros parece criar uma sonoridade que toca nas mentes e corações não só dos mineiros, mas de quem curte uma boa música. E, apesar do ar das montanhas de Minas imprimir um “quê” de serenidade, ele traz uma força incrível. Este certamente é o caso do Sambeco do Mota, nascido oficialmente em 2010, mas sua atividade remonta a várias gerações de músicos dedicados ao Samba e à MPB.

“É muito bom poder encontrar com os amigos e fazer bom samba. O samba não é obrigação e sim uma diversão que acaba se transformando em uma grande terapia”, define o idealizador do conjunto, Giovanni Cruz.

A origem do Sambeco foi forjada nas ladeiras e becos de Diamantina, mais precisamente no Beco do Mota, ponto tradicional da cidade histórica mineira, famosa por sua riqueza de diamantes no passado e atualmente uma das folias mais animadas e procuradas do Brasil. Esse nascimento no meio da Festa de Momo surgiu em família, afinal o Sambeco é uma união de irmãos, primos e amigos que sempre militaram na música e mais: entraram de vez no circuito de Carnaval de Diamantina tendo espaços cativos na cidade e nos ouvidos dos foliões.

Desde então, o Sambeco – formado por Giovanni, Luiz Felipe, Marco Túlio, Regina, Angélica, Éthany, Bruno, Sérgio, Sávio, Rubem, Rubinho, Zé Leonardo, Rafael, Luiz e Gabriel – atravessou as fronteiras de sua terra natal e leva seu som de clássicos do Samba, canções autorais para diversas partes de Minas Gerais, além do já citado “Espaço Sambeco” no Carnaval de Diamantina que lançou oficialmente seu bloco em 2015, o Mingau com Queijo, que arrastou uma multidão pelas ruas da cidade.

No repertório do Sambeco estão clássicos de Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Almir Guineto, João Nogueira, D. Ivone Lara, Cartola, Benito de Paula, Jorge Aragão, Luiz Melodia, Djavan, Seu Jorge, Maria Rita. A força do trabalho autoral pode ser conferida com a canção “Ferida”, um samba-canção no estilo dos melhores momentos de Nelson Cavaquinho, que está disponível em grandes lojas virtuais. O grupo já prepara mais duas canções para um lançamento só de músicas autorais.

O estilo Sambeco de ser é uma extensão do que Minas pode gerar de melhor na música: intensidade – sem perder a leveza-, força e muito entusiasmo.

Via Ocê no Samba