Muitas pessoas sabem a letra de uma música de cor, mas na hora de dizer quem a escreveu surge a dúvida: será que foi o cantor? A confusão de achar que o intérprete é também o compositor de uma canção é uma constante.

Até compositores famosos não são identificados como tais quando suas composições fazem muito sucesso na voz de um intérprete. Por outro lado, é comum letristas desconhecidos entrarem na zona do esquecimento.

Apesar de ser fã, há quem não saiba… que este é o caso de Laudemir Casemiro, conhecido pelo apelido Beto Sem Braço, que compôs sambas antológicos nos anos 1980 como “Camarão que dorme a onda leva” (com Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz), “São José de Madureira” (com Zeca Pagodinho), “Quando eu contar iaiá” (com Serginho Meriti) e “Na paz de Deus” (com Sombrinha e Arlindo Cruz).

Beto foi uma espécie de líder artístico da geração de músicos proveninete do Cacique de Ramos, tendo várias de suas músicas gravadas por nomes de peso do samba, como Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.

Atuou também na ala dos compositores da Vila Isabel e principalmente no Império Serrano, que ajudou vencer vários Carnavais com seus sambas-enredo, como o eterno “Bum Bum Praticumbum Prugurundum”, de 1982 (e não 1988, como havíamos divulgado).