15 dúvidas de sexo e saúde íntima respondidas por especialistas

Quando o assunto é sexo ou saúde íntima, muita gente acaba compartilhando as dúvidas em grupos e fóruns na internet, correndo o risco da discussão ficar apenas entre leigos. Pensando nisso, o site Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, reuniu as dúvidas mais comuns entre a galera e chamou especialistas para respondê-las. Confira:

01. É normal sentir cólica depois do sexo? O tamanho do pênis pode causar isso?
“Antes, durante e após o sexo, devido ao estímulo da musculatura do assoalho pélvico e da parede uterina, é comum que algumas mulheres tolerem menos os espasmos e sintam cólicas leves”, conta a ginecologista e mastologista Cecilia Pereira, da All Clinik Rio de Janeiro. Porém, é preciso estar atento à intensidade da dor e não é normal sentir dores de alta intensidade. Se isso acontecer, é necessário procurar um ginecologista para investigar o problema.

Cecilia destaca que a posição no ato sexual e o tamanho do pênis podem contribuir para o aumento do desconforto, mas como a vagina é um órgão elástico e adaptável, na maioria dos casos, o casal consegue descobrir a melhor forma de chegar ao prazer sem dor.

2. Ficar muito tempo sem fazer sexo pode ser prejudicial?
Calma, não faz mal, mas é importante lembrar que o sexo é um grande aliado para alívio do estresse, pois os hormônios liberados na relação sexual trazem a sensação de prazer e relaxamento. De acordo com Cecília, o corpo não muda por ficar muito tempo sem sexo, o que pode ocorrer é uma inibição pela insegurança de fazer algo em que se perdeu o hábito.

03. É possível uma mulher ter um orgasmo enquanto dorme?
Pode acontecer, mas é incomum. “O que pode ocorrer é a mulher, durante o sono, ter sonhos que possam provocar excitação sexual e ela acabar acordando com uma maior sensibilidade a ter orgasmos na sequência, seja com a relação sexual propriamente dita ou com masturbação”, explica o ginecologista Edilson Ogeda, coordenador do Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia do Hospital Samaritano de São Paulo.

04. É necessário passar a calcinha a ferro ou fervê-la para evitar doenças?
Não existe uma obrigatoriedade, mas Cecilia explica que o grande problema está na umidade da peça: “Sabe-se que o calor do ferro ou até mesmo do secador de cabelo ajuda a secar mais a calcinha, evitando assim que as mulheres a usem ainda com uma certa umidade, que por sua vez, pode ser prejudicial”.

05. Posso pegar algum tipo de infecção tendo relações sexuais em uma piscina ou no mar?
O ginecologista Julio Mayer de Castro Filho, da rede de centros médicos dr.consulta, afirma que sim, esse hábito pode oferecer riscos. “É possível pegar infecção tendo relações sexuais em piscina sem o devido tratamento da água, principalmente em locais desconhecidos (motéis, por exemplo). Além disso, a penetração na água sem lubrificante insolúvel, pode causar traumatismos nos genitais”, ele alerta.

06. Faz mal deixar a calcinha secando dentro do banheiro?
“Secar a calcinha no banheiro não é um bom hábito, pois o banheiro é um local que sofre bastante contaminação, além de receber umidade constantemente”, ressalta Cecilia. Acontece que, muitas vezes sem perceber, a mulher usa uma calcinha que aparentemente está seca, mas que ainda possui umidade, favorecendo o crescimento de fungos que podem desequilibrar a flora vaginal. “A melhor opção é secar a calcinha em local com sol ou arejado”, afirma ela.

07. Certas posições sexuais tendem a causar infecções vaginais?
Julio explica que as posições sexuais em si não podem gerar infecções. O que pode ocorrer é que, durante o sexo, aconteça algum traumatismo na região íntima. “Isso poderia servir de porta de entrada para alguns germes. Além disso, algumas posições podem ser incômodas nas mulheres que têm, por exemplo, útero em retroversão (útero virado para trás)”, lembra ele. Então, o melhor é buscar a ajuda de um especialista se sentir dores nas relações.

08. Posso usar lenços umedecidos todos os dias na região íntima?
“Isso vai depender da sensibilidade da mulher. Para aquelas com peles mais resistentes não há mal algum nisso, mas outras, com peles sensíveis, podem passar a apresentar alergias, desconfortos locais e, em última análise, até infecções vulvares e vaginais”, alerta a ginecologista Flávia Fairbanks, da Clínica FemCare. Entretanto, mesmo sem os sinais de irritação, é importante que os lenços umedecidos sejam usados somente em emergência, pois a melhor forma de garantir a higiene da região íntima é o banho.

09. Às vezes sinto algo “escorrendo” na calcinha. O que é isso?
A vagina é revestida por uma mucosa secretora e responsiva às oscilações hormonais do nosso ciclo menstrual de acordo com a faixa etária. Isso que sentimos escorrer nada mais é do que o conteúdo vaginal fisiológico, ou seja, muco saudável que ajuda a manter o pH vaginal, o equilíbrio da flora, lubrificando e, inclusive, ajudando a mulher a identificar o período ovulatório, dependendo da sua consistência”, explica Cecilia. Fique atenta a alterações específicas na aparência desse muco: “quando a secreção ganha uma coloração diferente, odor ou bolhas, pode significar que existe algo de errado e uma consulta com ginecologista se faz necessária” completa a especialista.

10. Calcinha de renda faz mal para a região íntima?
O melhor é que o forro seja de algodão sempre, ok? “Além disso, a calcinha de renda não faz mal desde que não seja usada frequentemente e exclusivamente”, destaca Edilson.

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