Cientistas encontram ligação entre ácidos graxos e maior risco de autismo
Cientistas encontram ácido no sangue que pode indicar predisposição ao TEA
Pesquisadores japoneses podem ter dado um passo importante na compreensão das causas do autismo. Um estudo da Universidade de Fukui identificou uma ligação entre o risco de desenvolver transtorno do espectro autista (TEA) e a presença de ácidos graxos no sangue do cordão umbilical.
A pesquisa analisou amostras de 200 crianças e revelou que um composto específico, chamado diHETrE, pode estar associado à gravidade dos sintomas de autismo.
Níveis de ácido e impacto no comportamento
Os cientistas observaram que níveis elevados de diHETrE estavam ligados a dificuldades nas interações sociais, enquanto concentrações mais baixas desse composto estavam associadas a comportamentos repetitivos e restritivos, comuns em pessoas com autismo.
- Aos 40, um descuido silencioso pode acelerar o envelhecimento do cérebro
- Você sabia que o gengibre ajuda a reduzir o açúcar no sangue?
- Reconheça os sinais de demência antes de um diagnóstico
- Minas Gerais: 3 destinos românticos para uma viagem de casal
A relação foi especialmente perceptível em meninas. Essa descoberta pode ser significativa para a avaliação precoce do risco de autismo em recém-nascidos, oferecendo novas perspectivas para a detecção e possível prevenção da condição.
Implicações do estudo e próximos passos
Os pesquisadores sugerem que medir os níveis de diHETrE logo após o nascimento poderia se tornar uma ferramenta valiosa para prever o desenvolvimento do TEA.
Além disso, a inibição do metabolismo desse ácido durante a gestação pode, eventualmente, reduzir a manifestação dos traços do espectro autista. No entanto, a equipe de cientistas alerta que mais estudos são necessários para validar esses achados e explorar alternativas de intervenção.
O transtorno do espectro autista é uma condição que afeta o desenvolvimento cerebral, com variações significativas nas habilidades e necessidades de cada indivíduo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças no mundo apresenta TEA, sendo que os impactos da condição podem exigir diferentes níveis de cuidado ao longo da vida.