Demência: sinais surpreendentes que podem passar despercebidos

Preferência por doces e perda de olfato podem ser sinais de demência

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
04/10/2024 07:01

Muitos de nós conhecemos os sintomas mais comuns de demência, como a perda de memória. No entanto, existem alguns sinais menos conhecidos que precisam ser acompanhados.
Muitos de nós conhecemos os sintomas mais comuns de demência, como a perda de memória. No entanto, existem alguns sinais menos conhecidos que precisam ser acompanhados. - iStock/Motortion

Demência é um termo amplo que abrange uma série de condições marcadas pela perda progressiva das funções cognitivas, como memória, raciocínio e linguagem. O Alzheimer é o tipo mais frequente, mas há outros sinais menos conhecidos que também podem indicar o surgimento da demência. Embora o esquecimento frequente seja o sintoma mais famoso, outros indícios menos evidentes podem passar despercebidos.

Entre os sinais de demência pouco conhecidos estão a preferência por alimentos doces, perda de olfato, convulsões, incontinência urinária, quedas repetidas, alucinações visuais e distúrbios do sono. Alterações de humor e comportamento também são frequentes. Segundo a Alzheimer’s Association, a preferência por doces ocorre porque as papilas gustativas podem reduzir com a progressão da doença, o que também afeta os hábitos alimentares.

Já a perda do olfato pode ser um indicador precoce da diminuição das funções cognitivas, sendo um sinal importante para o diagnóstico de Alzheimer e outras formas de demência.

Quando procurar um médico

Embora a presença de um ou mais desses sintomas não signifique necessariamente demência, é essencial estar atento. Esses sinais podem indicar que é hora de procurar um médico para uma avaliação adequada. Diversas condições de saúde podem causar esses sintomas, sendo necessário um diagnóstico preciso.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da demência estão a idade avançada, histórico familiar, traumas cranianos graves, doenças crônicas como diabetes e hábitos de vida pouco saudáveis. Genes como o APOE ε4 também estão associados a um risco maior de desenvolver a doença.

Conhecer os sinais e os fatores de risco pode ajudar a identificar precocemente a condição e buscar um tratamento adequado.