Diabetes pode dar sinais na boca: veja quais são e como identificar
Sinais na região da boca podem sugerir a presença de diabetes, e identificá-los é fundamental para garantir um tratamento adequado
O diabetes atinge milhões de brasileiros, colocando o país na quinta posição mundial em número de casos, com aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos diagnosticados.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 46% das pessoas desconhecem que possuem a condição. Certos sinais na boca, inclusive, podem apontar para a presença da doença, e identificá-los é importante para garantir um diagnóstico precoce e o tratamento correto.
Quais sinais na boca podem indicar diabetes?
- Gengivite grave
O diabetes pode elevar o risco de inflamações gengivais, resultando em gengivite severa e doenças periodontais avançadas. Isso acontece porque os níveis elevados de glicose no sangue criam um ambiente favorável para o crescimento de bactérias na boca.
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Essas infecções e inflamações tornam-se mais comuns, causando sintomas como dor, inchaço, vermelhidão e, em casos mais graves, a perda de dentes.
- Feridas que demoram a cicatrizar
Um dos maiores problemas do diabetes é a cicatrização lenta, e isso também se aplica às feridas na boca.
Pequenos cortes, lesões ou mesmo machucados causados por próteses podem demorar mais tempo para se curar, tornando-se portas de entrada para infecções e inflamações.
- Hálito cetônico
Um dos sinais mais característicos de diabetes descompensada é o hálito cetônico. Esse cheiro frutado ou adocicado é causado pela presença de corpos cetônicos, substâncias produzidas quando o organismo queima gordura em vez de açúcar para obter energia.
O hálito cetônico é um indicativo de que o corpo está enfrentando um desequilíbrio metabólico, sugerindo que o diabetes está fora de controle.
Além disso, se este sinal estiver associado a sintomas como sede excessiva, cansaço extremo e micção frequente, é fundamental procurar orientação médica imediata, pois pode indicar um quadro grave de cetoacidose diabética.
- Aftas recorrentes
A redução da imunidade e a boca seca causada pelo diabetes podem levar ao aparecimento frequente de aftas. Essas pequenas úlceras são dolorosas e podem interferir na alimentação e na fala.
A presença constante de aftas deve ser avaliada com cautela, especialmente em pessoas com histórico da doença.
- Boca seca (xerostomia)
A xerostomia é um sintoma comum em pessoas com diabetes. A produção reduzida de saliva ocorre como resultado de uma desidratação causada pelo excesso de glicose no sangue.
A boca seca provoca dificuldades para mastigar e engolir, além de agravar problemas como mau hálito e o risco de cáries, já que a saliva é responsável pela limpeza natural da boca.
- Alterações na saliva
As alterações na saliva são um reflexo dos altos níveis de glicose no sangue, o que pode deixar a saliva mais espessa e com maior concentração de açúcar.
Isso cria um ambiente propício para o desenvolvimento de cáries e infecções, além de aumentar a sensação de desconforto bucal.
- Candidíase oral
O comprometimento do sistema imunológico em pessoas com diabetes aumenta a suscetibilidade a infecções, como a candidíase oral, que é caracterizada por manchas brancas ou vermelhas na língua, céu da boca, e bochechas internas.
A proliferação do fungo Candida albicans é favorecida pelo excesso de glicose, criando um ambiente ideal para seu crescimento.
Caso apresente alguns desses sinais na boca, especialmente se houver uma combinação deles, é essencial buscar avaliação médica.
Um dentista também pode ser o primeiro profissional a suspeitar da doença com base em alterações na saúde bucal. Controlar o diabetes é crucial não só para o bem-estar geral, mas também para manter uma boca saudável, clique aqui para saber mais sobre a doença com a Catraca Livre.