Pará investiga três casos da ‘doença da urina preta’

Um homem de 55 anos morreu em Santarém com suspeita da doença

A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) revelou nesta sexta-feira, 10, que está investigando três possíveis casos da doença de Haff, conhecida como “doença da urina preta”.

As notificações da rara doença ocorreram nos municípios de Trairão, Belém e Santarém–este último a pessoa, um homem de 55 anos, foi a óbito na última terça-feira, 7.

A ‘doença da urina preta’ é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui (foto)
Créditos: Paralaxis/iStock
A ‘doença da urina preta’ é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui (foto)

Segundo reportagem do G1, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) aguarda análise de materiais coletados dos pacientes para saber se os casos são ou não da doença de Haff.

Sintomas da “doença da urina preta”

A doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi. tambaqui, badejo ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão).

Os principais sintomas da “doença da urina preta” são falta de ar, dormência, perda de força em todo o corpo e a urina cor de café.

Se não tratada, a “doença da urina preta” pode levar a morte
Créditos: Divulgação/Sesab
Se não tratada, a “doença da urina preta” pode levar a morte

Orientações

Recomenda-se que, aos primeiros sintomas, o paciente busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença.

Os profissionais de saúde a observarem a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.

Também pede para evitar o uso de antiinflamatórios e na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal.