Manchas na pele podem ser sinal de que você ficará diabético

Manchas escuras e aveludadas na pele podem ser um indício precoce de pré-diabetes e resistência à insulina. Saiba como identificar os sinais

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
28/10/2024 18:26

Foto mostra exemplo de manchas acantose nigricans
Foto mostra exemplo de manchas acantose nigricans - iStock/kwanchaichaiudom

Os sinais de pré-diabetes nem sempre são óbvios, mas manchas escuras em certas áreas da pele podem acender um alerta. Embora muitos pacientes não percebam, essas manchas podem ser uma bandeira vermelha para o desenvolvimento de diabetes.

A acantose nigricans, uma condição caracterizada por descoloração e textura aveludada ou áspera na pele, pode estar associada à resistência à insulina, um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2.

Essas manchas costumam aparecer nas dobras do corpo, como pescoço, axilas e virilha.

Se identificadas a tempo, mudanças no estilo de vida, como dieta equilibrada e prática de exercícios físicos, podem prevenir o avanço para o diabetes.

O que é acantose nigricans?

A acantose nigricans é uma condição cutânea caracterizada por manchas escuras e aveludadas que podem surgir em diferentes partes do corpo, principalmente em áreas de dobras. Essas alterações são frequentemente associadas à resistência à insulina, obesidade e síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Em casos raros, a condição pode ser hereditária ou até relacionada a alguns tipos de câncer.

Além do diabetes, a acantose nigricans pode ser um sinal de outras condições médicas graves. Portanto, ao identificar essas manchas, é importante buscar orientação médica para realizar exames e prevenir complicações maiores.

Fatores de risco para diabetes

O diabetes é frequentemente precedido por uma fase chamada pré-diabetes, na qual os níveis de açúcar no sangue estão elevados, mas ainda não atingiram os patamares para o diagnóstico de diabetes tipo 2.

Alguns dos principais fatores de risco incluem obesidade, inatividade física e histórico familiar de diabetes. Além disso, pessoas com síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou que tiveram diabetes gestacional também apresentam maior risco.

Identificar sinais de pré-diabetes e adotar medidas preventivas, como mudanças na alimentação e aumento da atividade física, pode fazer a diferença entre controlar a condição ou deixá-la evoluir para o diabetes tipo 2.