Sucesso do ‘desafio do balde de gelo’ ajuda cientistas a pesquisar cura do ELA

Uma doença sem cura foi o mote do “desafio do balde de gelo”, uma campanha lançada em meados de 2014 nos Estados Unidos que desafiava qualquer um a jogar um balde de água gelada na cabeça e doar dinheiro para a ALS Association, uma organização sem fins lucrativos que arrecada fundos para a pesquisa e ajuda pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O desafio acabou tornando-se uma “febre” nas redes sociais, contando com a participação de famosos como Bill Gates, Neymar, William Bonner e Gisele Bündchen. Enquanto muita gente defendeu a ideia, outros acharam que aquilo não passava de uma brincadeira inútil, dizendo que o desafio era uma “moda” que “desperdiçava água”.

Ana Maria Braga, Bill Gates e Giovanna Ewbank participaram do desafio

Agora, alguns meses depois, os primeiros resultados do desafio começam a surgir. Segundo o New York Times, cientistas que buscam uma cura para o ELA acreditam que esta campanha foi crucial para chegar mais perto de um tratamento para a doença.

A ALS Association disse que o desafio arrecadou US$ 115 milhões (cerca de R$ 447 milhões) em seis semanas. Desse total, 67% foram destinados a pesquisas para tratamento. As informações foram divulgadas pelo site “Época Negócios“.

Os pesquisadores descobriram uma proteína que, em determinadas circunstâncias, está ligada à morte de células no cérebro e na medula espinhal dos pacientes. Ao inserir uma proteína desenhada especificamente em laboratório no paciente, as células atingidas “voltaram ao seu estado normal”. Agora, esses estudiosos estão testando esse tratamento em ratos para ver se é possível deter efetivamente os sintomas do ELA.

“Se funcionar em ratos, o passo seguinte seria buscar a realização de um teste em humanos”, disse Philip Wong, professor da Universidade John Hopkins, que conduziu a pesquisa.