Uso excessivo de celular traz problemas para o corpo

05/07/2015 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:40

A recente popularização dos smartphones está relacionada diretamente ao aumento do número de queixas relacionadas ao corpo, revela Eduardo Alonso Nannini, ortopedista da rede paulista de Hospitais São Camilo. “O uso excessivo do aparelho causa uma sobrecarga, principalmente, nas mãos, punhos, pescoço, costas e olhos. As mãos e punhos podem sofrer com a tendinite, que é a inflamação dos tendões. Na região do pescoço e costas, ocorrem dores e contraturas. Nos olhos, devido à longa exposição à luminosidade da tela do celular, pode acontecer o que chamamos de ‘vista cansada'”, diz.

Ainda de acordo com o especialista, os sintomas são facilmente percebidos. “A tendinite se manifesta por meio de dor na região afetada e perda de força. A contratura do pescoço, por sua vez, limita a movimentação da cabeça e também causa dor. Já a ‘vista cansada’, está presente quando há dificuldade de enxergar, visão embaçada, dor de cabeça e olhos pesados”, explica Nannini. Ao aparecerem os sintomas, é importante procurar um médico. “Em longo prazo, se não tratados, os problemas podem se tornar crônicos”, alerta.

Longa exposição à luminosidade da tela do celular prejudica os olhos (Foto: Garry Knight/Flickr/Reprodução)
Longa exposição à luminosidade da tela do celular prejudica os olhos (Foto: Garry Knight/Flickr/Reprodução)

Se necessário, “o tratamento é feito com orientação para uso saudável do smartphone, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e sessões de fisioterapias para reabilitação músculo-tendínea do membro afetado”, explica o médico. Nannini diz que o tempo ideal de uso é de 30 minutos, com intervalos de 20 minutos para repouso.

De acordo com ranking da eMarketer, O Brasil é o país com maior número de usuários de smartphones na América Latina e o sexto no mundo entre 25 países, ficando atrás de China, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia. Segundo o levantamento, até o final de 2014, 38,8 milhões de brasileiros já usavam aparelhos celulares inteligentes no país, com projeção de chegar a 71,9 milhões de dispositivos dentro dos próximos três anos.

Via CMais