“Mestres do Conto Latino-Americano” celebra Machado de Assis e Jorge Luis Borges

De abril a setembro, os mestres da literatura latino-americana serão debatidos na Biblioteca Mário de Andrade

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Machado de Assis, ao lado do argentino Borges: mestres

A rivalidade Brasil-Argentina pega fogo quando o assunto é futebol. No entanto, em termos políticos, sociais e culturais, há mais cooperação e solidariedade do que qualquer outra coisa. Hermanos, compartilhamos as mesmas privações de um país em desenvolvimento, ainda que os traços culturais se manifestem de maneira distinta em cada nação.

Machado de Assis e Jorge Luis Borges, consagrados contistas de Brasil e Argentina, respectivamente, a despeito da ausência de contemporaneidade entre suas obras, possuem traços literários comuns, como a preocupação com o aspecto social, no contexto de suas tramas.

Nos dias 14 e 28 de abril, a Biblioteca Mário de Andrade promove o evento “Mestres do Conto Latino-Americano”, proporcionando ao público leituras críticas de contos de autores latino-americanos. Neste mês de abril, os mestres da literatura brasileira e argentina serão os contemplados.

O evento, que tem curadoria de Davi Arrigucci Jr., segue até setembro, sempre com entrada Catraca Livre.

Machado de Assis

Dia 14, das 10h às 12h

Machado de Assis (Brasil)

Será debatido o conto “A Missa do Galo”, publicado originalmente em 1889. Com Augusto Massi, professor de literatura brasileira na USP e autor dos livros de poesia “Negativo” (Companhia das Letras, 1991) e “A Vida Errada” (7Letras, 2001). O escritor foi, também, entre 2001 e 2011, responsável pela linha editorial da Cosac Naify.

Jorge Luis Borges

Dia 28, das 10h às 12h

Jorge Luis Borges (Argentina)

O encontro apresenta um debate sobre dois dos mais relevantes contos do autor, “História do Guerreiro e da Cativa” (1949) e “O Cativo” (1960). Com Davi Arrigucci Jr., professor emérito de teoria literária e literatura comparada da USP.  Arrigucci Jr. traduziu para o português obras de Borges, Cortázar e Felisberto Hernández) e publicou, como crítico e ensaísta, as obras “O Escorpião Encalacrado” (1973), “O Rocambole” (2005), entre outras obras.

Por Redação