Sesc Ipiranga promove “Africanidades Brasileiras”

As quintas-feiras do mês de novembro, no Sesc Ipiranga, estão com a programação de cinema voltadas para a temática “Africanidades Brasileiras”.

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Macunaíma é um dos destaques

A partir do diagnóstico das relações que aproximam o continente africano e o Brasil, essa proposta apresenta a música, a dança e o cinema como inspiradores de reflexões sobre o que há de tradição, memória e contemporaneidade nas corporeidades, sons e imagens de africanidade, na diáspora brasileira de hoje.

Retirada de ingressos com 1h de antecedência na Bilheteria da Unidade.

Confira a programação

Dia 4

Macunaíma
BRA. 1969. Comédia. 105 minutos. Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Dina Sfat..

Macunaíma é um anti-herói, preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos.

Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhece e ama guerrilheiras e prostitutas, enfrenta vilões milionários, policiais e personagens de todos os matizes. Depois dessa longa e tumultuada aventura urbana, ele volta à selva, onde desaparecerá como viveu – antropofagicamente.

Não recomendado para menores de 12 anos.

A Negação do Brasil
BRA. 2000. Documentário. 91 minutos. Direção: Joel Zito Araújo.

Tabus, preconceitos e estereótipos raciais são discutidos a partir da história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela. O produto de maior audiência no horário nobre da TV brasileira.

Baseado em suas memórias e em pesquisas, o diretor analisa as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros.

Não recomendado para menores de 12 anos.

Dia 18

Madame Satã
BRA. 2001. Drama. 100 minutos. Direção: Karim Aïnouz. Elenco: Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui. Rio de Janeiro, 1932.

No bairro da Lapa vive encarcerado na prisão João Francisco, artista transformista que sonha em se tornar um grande astro dos palcos. Após deixar o cárcere, ele passa a viver com Laurita, prostituta e sua “esposa”; Firmina, a filha de Laurita e Tabu, seu cúmplice; Renatinho um traidor; e ainda Amador, dono do bar Danúbio Azul.

É neste ambiente que João Francisco se transformará no mito e figura singular na marginália carioca dos anos 30, o transformista Madame Satã.

Não recomendado para menores de 18 anos.

Dia 25

Cafundó
BRA. 2005. Drama. 101 minutos. Direção: Clóvis Bueno e Paulo Betti. Elenco: Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Leandro Firmino da Hora.

Cafundó é inspirado num personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço.

Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se mistura a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé.

Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo.

Não recomendado para menores de 16 anos.

Por Redação