Loja de queijos artesanais reúne variedades de pequenos produtores

A partir da plataforma “Alimento Sustentável”, comércio ganhou espaço físico na Vila Madalena

Por: Redação
Além de queijos, a loja também fez contato com comunidade de pescadores de São Sebastião

Quem passou na rua Aspicuelta, na Vila Madalena, depois do dia 18 de abril – mais precisamente na altura do número 35 -, deve ter atiçado o estômago de desejo e curiosidade ao perceber o cheiro que emana de A Queijaria, loja de queijos artesanais e produtos orgânicos.

Idealizada pelo empresário Fernando Henrique Soares, a loja nasceu a partir de vivências e memórias dele com o alimento. “Minha família sempre teve uma ligação forte com queijo, e eu gosto muito do que vem da (Serra) Canastra – pela ligação que tinha com meu avô”, explica.

Expostos na prateleira, os queijos são feitos em pequenas quantidades e comprados diretamente por Oliveira, que viaja para diferentes partes do país para buscar a iguaria, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Recife, além de cidades do interior paulista.

Aberta em sociedade com Fábio Mesquita D’Aprille, o espaço físico só se tornou possível depois do sucesso da plataforma online, que surgiu em 2008, com o site alimento sustentável. No portal, o público encontra informações sobre a procedência dos queijos e, mais do que isso, as histórias de quem os produz.

Para selecionar os produtos, o empresário desenvolveu um vínculo que transcende a relação “comprador – fornecedor”, de modo que Oliveira percebeu a vida de pessoas se transformarem pelo fato de se sentirem motivadas a produzir queijo. “A medida que ajudei essas pessoas a se regularizarem e a produzirem de uma forma melhor, vi que também se trata de um negócio social, pois o comércio que foi alterando a vida delas”.

Queijos da loja chegam de variadas regiões do país, como Pernambuco, Rio Grande do Sul e Minas Gerais

Processo semelhante aos queijos também se deu com o projeto Cesta Orgânica, este só online, que reúne diversas produtos oriundos de pequenos produtores, como pães, legumes, hortaliças, ovos, massas, frutos do mar, ingredientes gourmet entre outros. “A ideia começou em Campinas, mais precisamente em Morungaba, onde fiz contato com esses produtores de hortaliças”.

Ao refletir sobre o que empurra pra frente a sua vontade de continuar, o empresário diz que mudar o pensamento de como se percebe o alimento é uma das ideias principais: “Entender o alimento como algo sagrado, que por trás dele, há o produtor, a terra, a cultura”, conclui.