Cultivando relações humanas, professor espalha orquídeas pela Vila Madalena
A iIdeia de Diego Ramos Lahoz é proporcionar um novo meio de convivência nas "vilas" e espalhar pelas ruas uma paixão: as orquídeas
Muitas pessoas cultivam plantas em suas casas – e apreciam muito a experiência. O professor de 36 anos Diego Ramos Lahoz aprecia tanto que resolveu compartilhá-la com seu bairro. E foi quando ele começou a espalhar orquídeas pelos arredores de sua rua que nasceu o projeto Orquídeas na Vila.
“Eu tinha muitas orquídeas aqui em casa e pensei em como eu poderia utilizá-las para construir um estilo de convivência diferente aqui entre os moradores do bairro. Então comecei a plantar algumas e ver o que acontecia com elas e com as pessoas a seu redor”, conta.
Diego Começou a espalhar as orquídeas em 2011. Os primeiros canteiros foram colocados na Rua Harmonia, onde até hoje a concentração das flores é maior. Depois, outras ruas, como Madalena e Girassol também passaram a ficar mais floridas. Hoje, muitas orquídeas já se tornaram do bairro. “Eu não costumo fazer a contagem de quantas já foram”, brinca o professor de educação infantil. “Mas dá pra falar tranquilamente que foram mais de 400”.
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Na primeira vez que as mudas deram flores, alguns canteiros começaram a sumir. Diego, então, resolveu fazer um teste e retirou todas de uma vez. Alguns moradores o procuraram para reclamar e ele pôde comprovar a eficácia do projeto. “De um momento para outro as pessoas sentiram falta das orquídeas. Era exatamente isso que eu queria provar, que algo tão simples como uma flor pode ter um papel significativo na vida de uma pessoa, a ponto de fazer falta.”
Inspiradas no projeto, outras iniciativas começam a surgir no país. Diego conta que já recebeu contato de várias pessoas, do interior de São Paulo à Bahia, que gostariam de fazer ações semelhantes em suas cidades.
“O objetivo é esse”, explica. “O próprio nome já diz que as orquídeas são de qualquer ‘vila’, qualquer comunidade que queira usar as flores para se integrar e ficar mais florida, e não uma coisa restrita a algum lugar. O bacana do projeto é isso, você conhecer novas pessoas, como eu acabei conhecendo.”