A decisão surpreendente de uma rainha que recusou casar com qualquer homem
Elizabeth 1ª fez história ao rejeitar propostas e se manter solteira até o fim da vida, em nome do poder e da autonomia
Existe uma rainha que nunca se casou — e isso não foi por falta de propostas. Elizabeth 1ª da Inglaterra governou por mais de quatro décadas sem jamais dividir o trono com um homem.
Filha de Henrique 8º, Elizabeth chegou ao trono aos 25 anos e governou sozinha. Recusou todos os pretendentes, mesmo com a pressão do Parlamento, que exigia que ela gerasse um herdeiro homem e tivesse um marido para cuidar dos assuntos de Estado.
Uma visita emblemática que não resultou em casamento
Em julho de 1575, ela visitou o Castelo de Kenilworth, presenteado a Robert Dudley, conde de Leicester, por ela mesma. Dudley era amigo de infância e um dos favoritos da rainha.
Antes da visita, ele reformou o castelo, criou jardins e organizou festas luxuosas — com música, fogos de artifício e até uma sereia gigante. Tudo foi visto como um grande gesto de cortejo.
Um dos espetáculos finais incluía a deusa do casamento pedindo que Elizabeth deixasse a castidade de lado e aceitasse se casar. O evento foi cancelado, oficialmente por mau tempo. Pouco depois, a rainha encerrou sua estadia.
Educada, fluente em diversos idiomas e influenciada por mulheres fortes da corte, Elizabeth acreditava que podia reinar sozinha. Disse uma vez: “Terei apenas amante, e nenhum amo”.
Também pesavam razões pessoais. Sua mãe foi executada por ordem de seu pai, e ela viu outras mulheres próximas morrerem no parto.
Elizabeth transformou sua escolha em estratégia política. Usava seu estado civil para negociar alianças e manter o controle. Nunca se casou, mas manteve Dudley por perto até sua morte. Quando ele faleceu, ela guardou sua última carta ao lado da cama.
Elizabeth morreu em 1603. E até hoje é lembrada como a rainha que fez do “não” ao casamento sua marca de poder.