A maioria de nós fala durante o sono: especialista explica por quê e como parar
Descubra por que tantas pessoas falam durante o sono, os fatores que influenciam esse comportamento e como melhorar suas noites de descanso
Alguém já comentou que você fala a noite enquanto dorme? Não subestime isso ou ache que é brincadeira, porque é provavelmente verdade. A sorte é que isso é mais comum que você pensa.
Estudos indicam que mais de dois terços das pessoas apresentam episódios de fala no sono ao longo da vida, um fenômeno conhecido na medicina como “somniloquia” ou simplesmente fala durante o sono.
Ciência ainda tenta entender porque falamos durante o sono
Ainda que seja um distúrbio classificado como parassonia, os especialistas ainda não têm uma explicação definitiva para o que causa esse comportamento.
A fala no sono pode variar bastante de pessoa para pessoa: enquanto algumas falas duram apenas alguns segundos e ocorrem esporadicamente, outras podem se manifestar por períodos mais longos e com maior frequência durante o sono.
Fatores como predisposição genética, consumo excessivo de álcool e estresse estão associados a esses episódios. A ansiedade também é influencia, já que o cérebro pode acabar externalizando preocupações ou emoções acumuladas.
As falas podem ir de palavras soltas e desconexas até frases completas, geralmente sem causar prejuízo algum. Um estudo envolvendo mais de 230 voluntários revelou que a palavra mais repetida durante essas falas era “não”.
Além disso, quase 10% dos participantes soltavam palavrões enquanto dormiam. Curiosamente, em algumas ocasiões, o cérebro parece simular um diálogo com uma pessoa imaginária, mostrando um alto nível de atividade mesmo durante o sono.
Normalmente, as falas são mais coerentes nas primeiras fases do sono, enquanto nos ciclos posteriores elas tendem a se tornar mais confusas.
Para minimizar os episódios, especialistas recomendam controlar o consumo de álcool, manter uma rotina regular de sono, evitar cafeína no período da tarde e buscar formas de reduzir o estresse ou até procurar um especialista do sono pode ser a melhor alternativa, pois exames específicos servem para indicar tratamentos adequados.