Alimento que você come todo dia foi classificado como altamente cancerígeno
Estudos recentes reforçam a relação entre alimentação e câncer, apontando riscos em adoçantes, óleos vegetais e ultraprocessados.
Nos últimos anos, pesquisas têm mostrado algo que talvez a gente já suspeitasse: o que colocamos no prato pode ter um impacto direto no risco de desenvolver câncer. De refrigerantes com adoçantes artificiais até o óleo que usamos para preparar a comida do dia a dia, muitos dos nossos hábitos alimentares estão sendo repensados.
Um exemplo disso é o aspartame, um dos adoçantes artificiais mais usados no mundo. Ele está presente em bebidas diet, balas e chicletes, e agora está no centro de uma polêmica. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), ligada à OMS, deve classificá-lo como “possivelmente cancerígeno”. Isso não significa que ele cause câncer com certeza, mas sim que há indícios suficientes para levantar um alerta.
O que a ciência está dizendo sobre nossa alimentação (e o risco de câncer)
E não para por aí. Um estudo recente da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, apontou que o ácido linoleico, uma gordura presente em muitos óleos vegetais (como o de soja), pode estimular o crescimento do tipo mais agressivo de câncer de mama: o triplo negativo. Esses óleos são comuns em alimentos ultraprocessados, que por sua vez vêm sendo associados a um aumento nos casos de câncer colorretal, principalmente em pessoas com menos de 50 anos.
Segundo os pesquisadores, a presença crescente de gorduras com perfil inflamatório, como os ômega-6, pode ser consequência direta da popularização da dieta ocidental, rica em industrializados e pobre em alimentos naturais.
Mas nem tudo é notícia ruim. A boa notícia é que temos escolha. A OMS recomenda um estilo de vida saudável como a melhor forma de reduzir o risco de câncer: alimentação baseada em vegetais, atividade física regular e evitar o consumo excessivo de álcool e alimentos ultraprocessados. Estudos mostram que quem segue esse estilo de vida tem até 18% menos risco de desenvolver câncer em comparação com pessoas que não seguem essas orientações.
Ou seja, comer bem não é só uma questão de estética ou moda: é sobre saúde, prevenção e qualidade de vida. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença a longo prazo.