As consequências de não ativar o modo avião ao voar: o que os pilotos precisam que você saiba

A ativação do modo avião vai muito além de uma formalidade: trata-se de uma medida de segurança para evitar interferências nos sistemas da aeronave

25/08/2025 15:00

Viajar de avião envolve uma série de procedimentos de segurança que podem parecer burocráticos. Entre eles, um dos mais conhecidos é a exigência de colocar o celular em modo avião antes da decolagem.

Embora muitos passageiros encarem a regra como exagero, ou mesmo não compreendam sua real função, a medida está longe de ser apenas formalidades.

Modo avião do celular é realmente necessário?

O modo avião, presente em smartphones, tablets e notebooks, desativa automaticamente conexões como rede móvel, Wi-Fi, Bluetooth, GPS e transmissões de rádio.

Isso impede que os aparelhos busquem constantemente sinal de antenas, reduzindo interferências e até mesmo economizando bateria durante o voo. Ainda assim, funções básicas, como câmera ou aplicativos offline, continuam disponíveis.

Ligar o modo avião inibe a emissão de ondas eletromagnéticas. Esses sinais podem afetar sistemas de comunicação utilizados pelos pilotos, especialmente em fases críticas como pouso e decolagem, quando a aeronave precisa manter contato contínuo com torres de controle aéreo.

Além disso, há o risco, ainda que pequeno, de interferência em radares e equipamentos de navegação. Como aviões comerciais podem atingir velocidades de cerca de 850 km/h, qualquer falha mínima pode se tornar um problema significativo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a recomendação é mais rígida: todos os aparelhos devem ser desligados após a decolagem. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) determina que dispositivos só sejam utilizados no modo avião.

Embora não exista uma penalidade legal específica caso a pessoa não ative o modo avião, a tripulação pode intervir. O piloto, como autoridade máxima a bordo, tem autonomia para solicitar o desembarque de passageiros que coloquem em risco a segurança.

Apesar de não haver registros de acidentes causados por isso, há relatos de interferências em comunicações mostram que o risco existe — e é por isso que o modo avião segue indispensável.