Astrônomos revelam que Sol vai se expandir e engolir a Terra

Entenda como o Sol vai morrer e o que isso significará para a Terra, a humanidade e o futuro do cosmos

14/08/2025 17:50

O fim do Sol é um dos temas mais fascinantes da astronomia e também um dos mais assustadores. Há séculos, a morte da nossa estrela central inspira teorias científicas e obras de ficção que geralmente associam o evento ao fim da vida na Terra. Mas será mesmo o fim de tudo?

Segundo uma pesquisa publicada em 2021 na revista Nature Astronomy, o Sol está na metade de sua vida útil e deve morrer daqui a cerca de 10 bilhões de anos. Isso significa que, por enquanto, não precisamos nos preocupar, mas o processo que levará à sua extinção já está previsto com base na evolução estelar.

Atualmente, o Sol está em uma fase estável chamada sequência principal, em que consome hidrogênio para produzir energia através da fusão nuclear. No entanto, daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, ele começará a passar por grandes transformações.

A fase da gigante vermelha

O primeiro estágio rumo ao fim será a transformação do Sol em uma gigante vermelha. Nessa fase, o núcleo da estrela encolhe, enquanto suas camadas externas se expandem violentamente, atingindo até a órbita de Marte.

Esse processo deve absorver e destruir Mercúrio, Vênus e provavelmente a Terra. O planeta será incinerado pelo calor intenso e engolido pela atmosfera em expansão da estrela moribunda.

Depois do fogo, o colapso: a anã branca

Com o esgotamento do combustível de hidrogênio, o núcleo do Sol não terá mais energia para manter sua fusão nuclear. Ele então colapsará, expulsando suas camadas externas e se tornando uma anã branca uma estrela muito menor, quente e densa, que não gera mais energia.

Essa fase marca o fim da vida ativa do Sol. Mas curiosamente, essa morte lenta traz consequências importantes para a galáxia.

O legado do Sol: formação de uma nebulosa planetária

Durante a transição para anã branca, o Sol liberará um “envelope” de gases e poeira cósmica, um fenômeno que dá origem a uma nebulosa planetária. Essas nebulosas são estruturas brilhantes e coloridas que se formam a partir dos restos de estrelas como o Sol.

Segundo o astrofísico Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester, “quando uma estrela morre, ela ejeta sua massa em forma de gás e poeira no espaço. Esse material pode ter até metade da massa original da estrela. O que sobra é o núcleo: uma estrela sem combustível, que lentamente se apaga”.

Fim de uma estrela, início de algo novo?

Embora a morte do Sol signifique o fim da Terra como a conhecemos, isso não quer dizer que a vida no universo será extinta. Pelo contrário, os elementos lançados no espaço interestelar durante essa explosão podem fertilizar futuras regiões formadoras de estrelas, dando origem a novos sistemas planetários.

As nebulosas são verdadeiros berçários cósmicos: nelas, estrelas e planetas podem surgir a partir da poeira estelar rica em elementos como carbono, oxigênio e ferro, ingredientes fundamentais para a vida.

E a humanidade? Ainda estará aqui?

É impossível saber se a humanidade sobreviverá por mais 5 bilhões de anos. Mas se nossa espécie (ou suas versões evoluídas) ainda existir até lá, é certo que não poderá permanecer na Terra. A sobrevivência dependerá de migração para outros planetas ou sistemas estelares, algo que hoje só é explorado na ficção científica, mas que pode se tornar uma realidade futura.