Bebida comum no Brasil causa polêmica e é proibida na Europa
Entre os ingredientes controversos estão o corante amarelo tartrazina (E102) e o óleo vegetal bromado (BVO), considerados potencialmente nocivos à saúde
O Gatorade, uma dos isotônicos mais conhecidos mundialmente, enfrenta desde 2013 restrições em países europeus, como Noruega e Áustria, devido a preocupações com a óleo vegetal bromado (BVO) e o corante amarelo tartrazina (E102) em sua composição.
A Europa adota a abordagem do princípio da precaução em relação à segurança dos alimentos. Isso significa que ingredientes como o BVO e a tartrazina são banidos ou estritamente regulamentados. Esta política tem por objetivo evitar riscos potenciais à saúde da população.
Preocupação quanto aos ingredientes
O BVO e a tartrazina estão no centro dessa controvérsia. O óleo vegetal bromado tem sido associado a efeitos adversos na saúde, afetando órgãos como o fígado e a tireoide. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) propôs em 2023 a revogação do uso do BVO como aditivo alimentar.
Enquanto isso, a tartrazina é suspeita de causar reações alérgicas e influenciar o comportamento de crianças, podendo intensificar sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Alternativas no mercado
A preocupação com os aditivos em bebidas isotônicas tem impulsionado o surgimento de produtos mais naturais e orgânicos que excluem ingredientes potencialmente prejudiciais.
Alternativas caseiras, como isotônicos feitos com água de coco e sucos naturais, estão se tornando populares, oferecendo uma hidratação eficiente e segura para praticantes de atividades físicas intensas.
Situação no Brasil
No Brasil, o Gatorade continua disponível, sem uma regulamentação similar à europeia. A presença do BVO e da tartrazina não enfrenta restrições locais significativas.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) tem alertado sobre os riscos, o que pode pressionar as autoridades a revisarem suas diretrizes sobre o uso desses aditivos.
Até o momento, não há indicações de que medidas semelhantes às da Europa sejam adotadas no Brasil. Contudo, à medida que o debate sobre a segurança alimentar avança, o cenário regulatório pode evoluir para atender às preocupações emergentes sobre a saúde pública.