Cidade brasileira sofreu com calor extremo e risco à vida

Calor excessivo também afetou duramente a economia local, baseada na produção do açaí, cuja colheita foi prejudicada pela falta de chuvas

14/08/2025 17:44

Um levantamento recente revelou que uma cidade brasileira enfrentou, no ano passado, um dos episódios mais severos de calor extremo registrados no país. A situação alarmante colocou em risco a saúde e a sobrevivência de milhares de pessoas.

Sem estrutura para lidar com temperaturas tão elevadas, os moradores se viram expostos a condições adversas, agravadas pela ausência de serviços básicos.

O cenário é ainda mais preocupante diante da falta de perspectivas concretas de melhorias. Especialistas alertam: sem investimentos urgentes, a cidade continuará vulnerável a eventos climáticos extremos, colocando vidas em perigo.

Cidade brasileira sofreu com calor extremo e risco à vida

A cidade em questão é Melgaço, localizada no interior do Pará, no coração da região amazônica. Com cerca de 28 mil habitantes, a cidade já enfrenta desafios históricos: é uma das mais isoladas do Brasil, sem acesso terrestre, e com índices sociais entre os mais baixos do país.

Em 2024, Melgaço registrou uma onda de calor atípica, com temperaturas que chegaram a ultrapassar os 38°C, um recorde local que desestabilizou completamente o frágil cotidiano da população.

A intensidade do calor trouxe impactos diretos à saúde dos moradores. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas foram os mais atingidos, com aumento significativo nos casos de desidratação, problemas respiratórios e agravamento de enfermidades pré-existentes.

A situação foi agravada pela escassez de água potável, resultado de uma seca incomum que comprometeu os rios e igarapés que abastecem a região.

O calor excessivo também afetou duramente a economia local, baseada na produção do açaí, cuja colheita foi prejudicada pela falta de chuvas.

Cidade precisa de investimentos para proteger população do calor extremo

A vulnerabilidade de Melgaço frente às mudanças climáticas escancara a necessidade urgente de políticas públicas voltadas à adaptação e à proteção da população.

Investimentos em infraestrutura são indispensáveis: desde sistemas eficientes de abastecimento de água até melhorias no acesso à saúde e transporte.

A criação de zonas de resfriamento urbano, ampliação da cobertura vegetal e acesso à energia elétrica confiável são medidas que podem reduzir os impactos do calor extremo.

Sem esse tipo de ação, cidades como Melgaço continuarão expostas a um ciclo de sofrimento e abandono. O calor extremo de 2024 foi um alerta, mas, sem resposta à altura, a tragédia poderá se repetir, com consequências ainda mais graves.