Cientistas da Universidade de Osaka, no Japão, revolucionaram a tecnologia alimentar ao utilizarem uma impressora 3D para criar um bife de Wagyu. Este corte é reconhecido globalmente por sua qualidade e custo elevado.

Usando células-tronco extraídas de vacas Wagyu, eles conseguiram desenvolver um protótipo que simula as características complexas do bife original. O experimento reflete um avanço significativo no campo da carne cultivada em laboratório, embora o produto ainda não seja destinado ao consumo humano.

Processo de criação

A técnica desenvolvida pelos cientistas envolve a extração de dois tipos de células-tronco, que são convertidas em células musculares, gordurosas e em vasos sanguíneos. Estas estruturas são organizadas em camadas tridimensionais para replicar a textura e estrutura de um bife de Wagyu real.

Embora o tamanho do protótipo seja pequeno, ele constitui um marco no desenvolvimento de carne sintética, prometendo avanços futuros que tornem essa carne viável comercialmente.

Perspectivas econômicas

A expectativa é que o mercado de carne cultivada em laboratório cresça exponencialmente, podendo atingir 140 bilhões de dólares na próxima década. No entanto, atualmente, os custos de produção ainda são muito elevados.

Para competir com a carne tradicional, empresas e startups em todo o mundo estão investindo em tecnologias capazes de reduzir esses valores, vislumbrando um mercado mais acessível e sustentável.

Sustentabilidade

O desenvolvimento de carne em laboratório é visto como uma solução potencial para reduzir os impactos ambientais associados à pecuária tradicional. Estudos indicam que esta inovação pode reduzir as emissões de carbono em até 93%, além de utilizar consideravelmente menos terra e água.

Além de proporcionar benefícios ambientais, esta tecnologia permite a personalização da composição de gordura e músculo, oferecendo alternativas mais saudáveis e adaptadas ao gosto do consumidor.