Cientistas tentam reviver ave gigante de 3 metros com tecnologia de ponta
Animal viveu na Nova Zelândia e foi extinto a 600 anos, agora a Colossal Biosciences tem planos de revivê-lo
A Colossal Biosciences, empresa norte-americana sediada em Dallas, anunciou seus planos de “ressuscitar” a moa gigante (Dinornis robustus), uma ave com estimados 3,6 metros de altura, que foi extinta há cerca de 600 anos e habitou a Nova Zelândia até a chegada dos humanos.
O projeto, que envolve a colaboração do cineasta Peter Jackson, diretor de “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”, e de parceiros indígenas Māori, tem como objetivo não apenas recuperar uma espécie extinta, mas também repensar estratégias de conservação e expandir a perspectiva sobre a biodiversidade global.
A era da desextinção
Os projetos de desextinção estão cada vez mais viáveis graças aos avanços na tecnologia genética. A Colossal Biosciences planeja utilizar fósseis da moa para extrair e analisar DNA, que será usado para editar geneticamente aves vivas, como a ema.
Este projeto é um dos diversos que a empresa conduz, incluindo tentativas de trazer de volta o mamute-lanoso e o dodô. A empresa arrecadou US$ 200 milhões em janeiro, elevando sua avaliação para US$ 10,2 bilhões, e pretende concluir a desextinção da moa em cinco a 10 anos.
Esses esforços prometem revolucionar a biotecnologia e a ciência da conservação, fornecendo novas maneiras de abordar a biodiversidade e a sustentabilidade ecológica.
Controvérsias e impactos
A iniciativa gerou intensos debates. Cientistas e ecologistas levantaram questões relevantes sobre os impactos éticos e ambientais, além de criticar os altos custos do projeto.
Enquanto alguns acreditam que a desextinção poderia restaurar o equilíbrio dos ecossistemas, outros alertam que ela pode desviar recursos de projetos que visam preservar espécies atualmente ameaçadas.
A reintrodução das moas na Nova Zelândia, um ambiente já sobrecarregado por espécies invasoras, é um ponto particularmente controverso.
Futuro dos projetos de desextinção
Embora o campo da desextinção ainda esteja em desenvolvimento, ele está evoluindo rapidamente. Os avanços em tecnologia genética prometem não só revitalizar espécies, mas redefinir a abordagem à preservação da vida no planeta, ainda que levantem inquietações sobre o papel humano nos processos naturais.
O projeto da Colossal Biosciences marca um ponto significativo na manipulação genética e na evolução da conservação ambiental. Com o apoio de investidores e o avanço das tecnologias de edição de genes, a junção de esforços para a reinstauração da moa gigante terá implicações substanciais dentro dos próximos anos.