O saque-aniversário é uma alternativa ao saque-rescisão. Ao optar por ele, trabalhadores retiram anualmente parte do saldo do FGTS. Contudo, abrem mão do saque integral em caso de demissão sem justa causa, ficando apenas com a multa de 40%.

Para aderir, é preciso formalizar o pedido pelo aplicativo FGTS. Isso oferece flexibilidade, permitindo emergências financeiras, mas também limita o acesso total ao saldo em situações de desemprego.

Desde a implementação, o saque-aniversário teve um impacto econômico notável. Até 2024, mais de R$ 125,4 bilhões foram retirados. Cerca de 37 milhões de trabalhadores optaram por essa modalidade, muitos usando o saldo como garantia para crédito.

Em 2025, através de uma medida provisória, liberaram-se R$ 12 bilhões para trabalhadores demitidos, que tinham bloqueios de saldos retidos.

Os pagamentos ocorrem em duas etapas. A primeira, para valores até R$ 3 mil, e a segunda, para valores superiores. Trabalhadores cadastrados no aplicativo têm o crédito automático em suas contas bancárias. Essa operacionalização é essencial para o alívio financeiro de muitos beneficiários.

Vantagens e desvantagens

O principal atrativo do saque-aniversário é a antecipação parcial do FGTS. Porém, a ausência do saque integral em demissões é uma desvantagem significativa.

Outra preocupação é a antecipação por empréstimos, que pode comprometer financeiramente a longo prazo. Tais compromissos reduzem o montante disponível para saques futuros, exigindo cuidados na gestão.

O saque-aniversário transforma o modo como os trabalhadores acessam o FGTS, oferecendo flexibilidade, mas exigindo cautela financeira. Com adesão em massa, milhões encontram apoio imediato, mas considerações de longo prazo são cruciais.