Descoberta inédita revela dinossauro com mãos maiores que os braços
A descoberta chamou a atenção da comunidade científica pelas características anatômicas incomuns da espécie
Pesquisadores anunciaram a identificação de uma nova espécie de dinossauro na Formação Cerro del Pueblo, localizada no estado de Coahuila, México. O animal extinto foi batizado de Mexidracon longimanus, nome que pode ser traduzido como “dragão mexicano de mãos longas”.
A descoberta chamou a atenção da comunidade científica pelas características anatômicas incomuns da espécie, especialmente em relação ao comprimento de seus membros anteriores.
Estima-se que o Mexidracon longimanus viveu há aproximadamente 73 milhões de anos, durante o período Campaniano do Cretáceo Superior. Os fósseis encontrados — incluindo vértebras, ossos das patas dianteiras e traseiras e partes da pelve — sugerem que o animal tinha porte pequeno, com comprimento inferior a três metros.
A análise do material indica que a espécie apresentava mandíbulas desprovidas de dentes, mas com um bico robusto, compatível com uma dieta onívora. Provavelmente, o dinossauro se alimentava de folhas, flores, frutos e pequenos animais, comportamento comum entre alguns terópodes.
Entre as características mais notáveis, estão os metacarpos, ossos que formam a palma das mãos. A palma das mãos do Mexidracon era proporcionalmente mais longa que o braço superior, indicando mãos excepcionalmente longas e finas — uma morfologia incomum entre dinossauros semelhantes.
Os pesquisadores também destacaram a presença de plumagem, uma característica compartilhada com outros terópodes, o que reforça a ligação evolutiva entre dinossauros e aves modernas.
Novas escavações
Embora os fósseis estejam fragmentados, novas escavações podem revelar espécimes mais completos nos próximos anos.
A extinção dos dinossauros, ocorrida há cerca de 66 milhões de anos, é atribuída à queda de um asteroide na atual península de Yucatán. Esse evento causou mudanças climáticas abruptas, levando ao desaparecimento de cerca de 75% das espécies da Terra.
Diferente dessa extinção em massa, muitas perdas de biodiversidade atuais decorrem da ação humana e alterações ambientais provocadas por ela, segundo estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).