“Dopamine dressing”: por que a forma de se vestir pode influenciar no bem-estar emocional
A proposta parte de uma ideia simples, mas poderosa, de que aquilo que vestimos pode afetar diretamente como nos sentimos
Um movimento que tem ganhado força em diversas partes do mundo une moda e neurociência: o “dopamine dressing”. A proposta parte de uma ideia simples, mas poderosa, de que aquilo que vestimos pode afetar diretamente como nos sentimos.
A escolha de roupas que despertam prazer visual ou conforto físico estaria ligada a um aumento na produção de neurotransmissores como dopamina e serotonina, substâncias associadas à sensação de felicidade e bem-estar.
Mas será que essa conexão entre guarda-roupa e saúde emocional é comprovada pela ciência? E como introduzir esse conceito na rotina?
“Dopamine dressing”: por que a forma de se vestir pode influenciar no bem-estar emocional
Pesquisas no campo da psicologia da moda têm investigado essa relação.
Um estudo publicado por universidades americanas, incluindo a California State University, demonstrou que o ato de se vestir está longe de ser apenas uma prática social ou estética: ele influencia também a cognição.
A forma como nos apresentamos pode moldar nosso comportamento, afetar o julgamento e até interferir na forma como lidamos com outras pessoas.
Isso ocorre porque o cérebro associa determinadas peças, cores e estilos a experiências anteriores, ativando regiões ligadas às emoções.
O impacto das cores, por exemplo, é um dos pilares do dopamine dressing. O cérebro processa cores no mesmo sistema que regula o humor, e isso faz com que tons vibrantes, como amarelo, rosa ou azul claro, frequentemente estejam associados a sensações positivas.
Roupas que remetem a lembranças felizes ou momentos de autoestima elevada também podem desencadear respostas emocionais favoráveis.
Como introduzir o “dopamine dressing” na rotina?
Na prática, aderir ao dopamine dressing não exige grandes investimentos ou mudanças radicais. O conceito defende o uso intencional de roupas que provoquem prazer, conforto e autenticidade.
Isso pode significar incorporar uma peça colorida ao look, escolher tecidos mais agradáveis ao toque ou simplesmente usar algo que evoque boas memórias.
Mais do que seguir tendências, trata-se de se vestir para si, respeitando o próprio estado emocional e o que se deseja sentir ao longo do dia.
Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, o dopamine dressing propõe uma reconexão com o que é essencial: o cuidado com o bem-estar.
Ao transformar o ato de se vestir em uma ferramenta de regulação emocional, essa abordagem oferece um caminho acessível e pessoal para melhorar a qualidade de vida, um look de cada vez.