A relação entre o sono e doenças neurológicas, como o Alzheimer, tem sido amplamente estudada e discutida. A pesquisa aponta que a qualidade do sono pode ser vital na prevenção de doenças neurodegenerativas.

A privação de sono dificulta que o cérebro realize a função crucial de “faxina”, essencial para a eliminação de toxinas que, se acumuladas, podem precipitar doenças significativas.

O cérebro possui um sistema denominado sistema glinfático, responsável por remover resíduos metabólicos e proteínas tóxicas. Durante o sono, esse sistema entra em atividade intensa, otimizando a remoção de substâncias como as beta-amilóides.

Essas proteínas estão intimamente ligadas ao desenvolvimento do Alzheimer. Estudos evidenciam que a falta de sono contínua compromete essa função de limpeza, potencialmente resultando no acúmulo dessas proteínas prejudiciais.

Impactos do sono na saúde cerebral

Além do Alzheimer, outros distúrbios neurológicos, como a apneia do sono, são influenciados pela privação de sono. Esta condição resulta em interrupções frequentes na respiração e pode desencadear inflamações cerebrais, afetando a qualidade de vida e elevando riscos de longo prazo para a saúde.

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos é outro fator que reduz o tempo de descanso adequado. Pesquisas indicam que a luz azul emitida por telas digitais interfere na produção de melatonina, prejudicando os ciclos de sono.

Dessa forma, a combinação de estresse digital, predisposição genética e hábitos diários inadequados pode promover o surgimento de problemas neurológicos.

Medidas para um sono reparador

Investir na melhoria da qualidade do sono não é apenas uma recomendação de bem-estar geral, mas uma estratégia crucial para preservar a saúde neurológica.

Implementar horários fixos para dormir e acordar, limitar a exposição a telas antes de dormir e praticar técnicas como a respiração consciente e meditação são métodos eficazes para reduzir o estresse e melhorar a qualidade do sono.