Engoliu chiclete? Saiba o que realmente acontece com seu corpo

A maior parte do chiclete é composta por uma base elástica, feita de substâncias como resinas sintéticas e parafina, que não são digeridas pelo corpo

14/08/2025 17:45

Mascar chiclete ao longo do dia é um hábito comum. Seja para manter o hálito fresco, ocupar o tempo ou apenas aproveitar o sabor doce, a goma de mascar está presente no cotidiano de muitas pessoas.

No entanto, basta alguém engolir um chiclete por acidente para surgir a velha dúvida: será que ele é prejudicial e vai ficar sete anos preso no corpo? A crença é popular, mas será que faz sentido? É hora de separar o que é fato do que é exagero.

Engoliu chiclete? Saiba o que realmente acontece com seu corpo

Primeiro, é importante entender como o corpo lida com esse tipo de substância. Quando ingerimos um alimento comum, como arroz ou carne, o sistema digestivo o processa em poucas horas.

O estômago e o intestino usam enzimas e ácidos para quebrar os nutrientes e absorvê-los. Já com o chiclete, a história muda um pouco, mas nem tanto quanto se imagina.

A maior parte do chiclete é composta por uma base elástica, feita de substâncias como resinas sintéticas e parafina. Esse material não é digerido pelas enzimas humanas.

Ou seja, ao ser engolido, o chiclete não se dissolve como um pedaço de pão, mas também não permanece no corpo indefinidamente.

O que acontece é que ele passa pelo trato digestivo quase intacto e, mais cedo ou mais tarde, é eliminado pelas fezes.

Portanto, engolir um chiclete ocasionalmente não traz riscos significativos. O corpo o trata como qualquer outro resíduo não digerível.

Chiclete exige alguns cuidados

Mas isso não quer dizer que seja recomendável engolir chicletes com frequência. Casos raros, registrados principalmente em crianças, mostram que a ingestão repetida e excessiva pode levar a obstruções intestinais.

Nestes episódios, o acúmulo da goma formou massas sólidas difíceis de eliminar, exigindo intervenção médica.

Outro ponto que costuma ser ignorado é o impacto da mastigação constante. Embora pareça inofensiva, a ação contínua de mascar chiclete estimula a produção de suco gástrico.

Esse estímulo, sem a presença real de alimento, pode causar desconfortos como gastrite em pessoas mais sensíveis.

Afinal, o chiclete grudado no intestino ou viajando até o coração é mito. A verdade é mais simples: engolir um chiclete não é o fim do mundo, mas também não deve virar hábito. Como em quase tudo, o bom senso é o melhor guia.