Entenda como o Fundo Garantidor de Crédito protege seu dinheiro em caso de falência bancária
Em um potencial cenário de falência, saiba como o FGC pode proteger correntistas
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade fundamental para investidores no mercado financeiro brasileiro, oferecendo uma camada de proteção importante em caso de falência bancária.
Criado em 1995, o FGC atua como uma forma de “seguro” para depositantes e investidores, garantindo até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira.
Como o FGC protege seus investimentos?
O FGC cobre um conjunto específico de investimentos, incluindo CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), além de depósitos em conta corrente e poupança.
No entanto, ativos como ações, fundos de investimento e títulos do Tesouro Direto não são cobertos pelo FGC. Para garantir a devolução do valor investido, basta seguir o processo estruturado decretado pelo Banco Central em caso de liquidação de uma instituição.
Como acionar o FGC?
Quando uma instituição financeira entra em regime de liquidação ou intervenção, o FGC entra em ação. O procedimento inicia-se com a lista dos credores preparada pelo interventor ou liquidante nomeado pelo Banco Central.
Pessoas físicas e jurídicas podem acionar o FGC para receber seus valores por meio do aplicativo oficial do FGC ou formulários no site da entidade. Vale lembrar que valores investidos acima dos limites não são ressarcidos pelo fundo, reforçando a importância da diversificação.
Desafios e sustentabilidade do FGC
A pandemia de COVID-19 intensificou os desafios enfrentados pelo FGC, com o aumento significativo de depósitos, pressionando a sua liquidez. Em 2024, a cobertura do fundo caiu para 2,27% dos depósitos elegíveis, o que desencadeou debates sobre sua capacidade de lidar com falências em larga escala.
As contribuições mensais dos bancos associados sustentam o FGC, mas a evolução contínua do mercado financeiro demanda revisões políticas para garantir a sustentabilidade do fundo.
Apesar da proteção oferecida pelo FGC, é essencial que investidores considerem os riscos financeiros das instituições antes de aplicar seu dinheiro. Bancos médios e novas fintechs têm ganhado espaço. Investidores devem analisar cuidadosamente o risco de crédito dos emissores, garantindo que seus recursos estejam devidamente protegidos.