A sensação de leveza, energia ou tranquilidade provocada por determinadas cores não se deve apenas à estética ou à preferência individual. Estudos nas áreas de neurociência e psicologia vêm demonstrando que estímulos visuais cromáticos podem desencadear reações físicas e emocionais no organismo.

A interação entre cor e cérebro tem sido objeto de pesquisa em instituições como Stanford, Sussex, Rochester e Harvard, que analisam o impacto de tonalidades sobre aspectos como bem-estar, produtividade, ansiedade e comportamento social.

Antes mesmo da consolidação da cromoterapia e do uso consciente da paleta de cores em projetos de design, já se observava que certos tons podiam acalmar a mente, induzir sensações prazerosas, elevar o humor ou influenciar tomadas de decisão.

Essas descobertas têm aplicações práticas em setores diversos. Hospitais, por exemplo, adotam cores frias para reduzir a tensão de pacientes. Indústrias alimentícias optam por tons quentes para estimular o apetite, enquanto espaços terapêuticos favorecem paletas suaves com o objetivo de promover relaxamento.

Cores, portanto, não apenas compõem visualmente o ambiente, mas afetam diretamente o estado mental e físico dos indivíduos.

Amarelo é considerada a cor da felicidade

Uma tonalidade que a literatura científica associa à experiência de felicidade é o amarelo. Entre as cores com maior impacto estimulante no cérebro, ela se destaca.

A tonalidade ativa o córtex visual, amplia a atenção e está relacionada à liberação de dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e ao prazer. O amarelo também é comumente associado à luz solar e ao calor emocional.

De acordo com pesquisas da Universidade de Rochester, essa cor é identificada, de forma recorrente e espontânea, como um símbolo de alegria em diversas culturas. Apesar disso, seu uso em ambientes internos requer equilíbrio, uma vez que o excesso pode gerar agitação ou desconforto visual.