Essa criatura pequena pode ser mais letal do que você imagina
Peixe consumido no Brasil possui toxina que é cerca de 1.200 vezes mais tóxica que o cianeto
O baiacu (Tetraodontidae) é um peixe apreciado por suas qualidades gastronômicas e sabor, mas que carrega um perigo letal. Contendo a tetrodotoxina, essa neurotoxina pode provocar desde sintomas leves até paralisia e morte.
No Brasil, o baiacu-pintado é considerado particularmente perigoso, relacionado a diversos casos de envenenamento no país. Em 2024, um homem de Aracruz (ES), de 46 anos, morreu depois de consumir o peixe.
Perigo da tetrodotoxina
A tetrodotoxina encontrada no baiacu é cerca de 1.200 vezes mais tóxica que o cianeto. Os sinais de envenenamento incluem dor de cabeça, formigamento e náuseas, progredindo possivelmente para paralisia total, e se não neutralizado a tempo pode levar à morte.
O tratamento para envenenamento por baiacu é altamente limitado, pois não há antídoto conhecido para a tetrodotoxina. Medidas emergenciais incluem lavagem gástrica e suporte respiratório, mas a eficiência do tratamento depende muito da rapidez com que a intervenção médica é realizada.
Apesar disso, o consumo do baiacu continua em países como o Japão e a Coreia do Sul, onde os chefs passam por anos de treinamento para preparar a iguaria com segurança. No entanto, incidentes de intoxicação são um desafio constante, mesmo em ambientes controlados.
Regulamentação e consciência
Apesar dos esforços para limitar o preparo de baiacu a profissionais qualificados, os incidentes permanecem. Autoridades em países como o Japão e a Malásia têm aprofundado suas regulações e intensificado a fiscalização sobre o peixe.
Ainda assim, o entusiasmo pela exclusividade culinária faz o baiacu permanecer uma escolha atraente para muitos, ressaltando a necessidade de balancear a cultura gastronômica com a segurança do consumidor.